Cerca de 90% dos administrativos e alguns inspetores do SEF em greve - sindicato

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Porto Canal com Lusa

Cerca de 90 por cento dos trabalhadores não policiais do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e alguns inspetores estão hoje em greve, segundo o primeiro balanço do Sindicato dos Funcionários do SEF (SINSEF).

A presidente do Sindicato disse à Lusa que a greve teve a adesão "de vários inspetores", o que reforça, em seu entender, que o protesto "não é uma greve de uns contra os outros, mas sim pela dignificação do serviço".

"Apraz-nos verificar que estamos todos junto e que os inspetores reconhecem as especificidades das nossas funções e que nos apoiam", disse Manuela Niza.

O protesto, indica o SINSEF, pretende "chamar a atenção" para a "morte lenta do SEF", explicando que os funcionários não policiais têm um "importante papel no serviço" dado que "a parte documental é a primeira triagem de segurança, isto é, é na parte documental que se verificam algumas circunstância que depois pode espoletar a ação policial".

Quanto aos efeitos da greve, Manuela Niza disse que ao nível do atendimento documental "está tudo parado", mas que os postos de fronteira estão a funcionar normalmente.

A carreira não policial tem perto de 600 funcionários que trabalham no serviço documental, que inclui a emissão de passaportes, autorizações de residência e vistos ‘gold’, de um total de 1.200 funcionários do SEF.

SEF contesta números da greve avançados pelo sindicato

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) disse hoje à Lusa que a percentagem de 90% de adesão à greve divulgada pelo Sindicato dos Funcionários do SEF “não corresponde de todo à realidade”, mas sem avançar outros números.

Segundo o gabinete de imprensa do SEF, “o número de adesão avançado não corresponde de todo à realidade”. A mesma fonte acrescentou que aquele organismo não iria fazer “mais nenhum comentário à greve”.

A presidente do Sindicato dos Funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (Sinsef), Manuela Niza Ribeiro, disse hoje à Lusa, em frente às instalações do SEF do Porto, que há uma adesão de 90% dos trabalhadores não policiais à greve em Portugal continental, “pela dignificação do serviço”.

A estrutura sindical ainda não tinha conseguido aceder aos números dos arquipélagos da Madeira e dos Açores.

“Está tudo fechado nas instalações do SEF do Porto”, relatou a dirigente sindical, acrescentando que aderiram também à luta “alguns, um número, já simpático, de elementos da carreira policial que não são associados”, e que este facto demonstra que o protesto que dura há seis meses “não é de carreiras internas”, mas uma “questão de valorização do serviço”.

Na sede do SEF do Porto e no Centro Nacional de Apoio à Integração do Migrante (CNAIM) do Norte, junto à rotunda da Boavista, os serviços estavam hoje fechados e as pessoas que compareceram para serem atendidas tiveram de fazer uma remarcação.

Segundo Manuela Niza Ribeiro, as reivindicações da greve não são uma mera questão salarial: “O que está em causa é a dignidade das pessoas e, portanto, é para isso que nos batemos”, referiu, acrescentando que àquele sindicato estão cerca de 400 trabalhadores do SEF associados.

O protesto, indicou o Sinsef num primeiro balanço à Lusa hoje ao fim da manhã, pretende "chamar a atenção" para a "morte lenta do SEF", explicando que os funcionários não policiais têm um "importante papel no serviço", dado que "a parte documental é a primeira triagem de segurança.

Quanto aos efeitos da greve, Manuela Niza disse que ao nível do atendimento documental "está tudo parado", mas que os postos de fronteira estão a funcionar normalmente.

A carreira não policial tem perto de 600 funcionários que trabalham no serviço documental, que inclui a emissão de passaportes, autorizações de residência e vistos ‘gold’, de um total de 1.200 funcionários do SEF.

Na quinta-feira, o Sinsef disse ter recebido um ofício do gabinete da ministra da Administração Interna, referindo que a lei orgânica e o estatuto do pessoal estariam “praticamente prontos para discussão”, uma notícia que Manuela Niza considera que “já vem é muito tarde”, porque “há dois anos que foram prometidos”.

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