Vigilantes dos aeroportos marcam concentrações durante a greve em Lisboa e Porto

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 23 jun (Lusa) -- Os vigilantes privados de aeroportos marcaram uma concentração para domingo, em Lisboa e no Porto, o segundo dia de greve, para denunciar, nomeadamente, que os empregadores "recebem subsídio de segurança pago pelos passageiros à custa dos trabalhadores".

Em declarações à agência Lusa, Armando Costa, do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) informou que a greve está marcada para o fim de semana, mas há locais, como em Faro, em que se iniciará mais cedo, ainda hoje, face ao horário de início dos turnos, acrescentando que as concentrações decorrerão ao final da manhã de domingo nos aeroportos de Lisboa e do Porto.

Para justificar esta nova paralisação, o sindicalista comentou que as empresas de segurança e a concessionária dos aeroportos, com o constante aumento de passageiros, "estão a receber mais dinheiro e a viver à custa deste subsídio de segurança pago pelos passageiros à custa dos trabalhadores" e a "manter a precariedade".

Em resposta à Associação de Empresas Privadas (AES), que anunciou um acordo de princípio para um novo contrato coletivo de trabalho, o dirigente do SITAVA garantiu tratar-se de um entendimento com sindicatos "sem representatividade no setor dos aeroportos".

"Nós estamos a negociar um contrato coletivo de trabalho à parte só para este setor e não podemos aceitar o recuo que fizeram", comentou Armando Costa, enumerando, por exemplo, a menor contabilização de horas extraordinárias, a definição de feriado como um dia normal e das carreiras profissionais.

A ANA -- Aeroportos de Portugal previu que os procedimentos de controlo de segurança possam ser "mais demorados" no fim de semana devido à greve das empresas de segurança e "elevado incremento de tráfego registados nos últimos meses".

Em comunicado, a ANA recomendou, face à maior demora, que os passageiros cheguem ao aeroporto com, pelo menos, três horas de antecedência em relação à hora do seu voo.

"Sugere-se, igualmente, que os passageiros procedam ao despacho de bagagem no 'check-in', para reduzir o número de peças a rastrear no controlo de bagagem de mão", lê-se no mesmo documento.

Por seu lado, a AES lamentou esta greve convocada pelo SITAVA, uma vez que "deu resposta positiva a várias reivindicações dos trabalhadores".

A AES referiu ter o acordo de princípio para nomeadamente a criação da carreira profissional APA (assistentes de portos e aeroportos), aumentos salariais de 2,5% em 2017 (faseados entre maio e outubro), acrescidos de 2% em janeiro de 2018, e reorganização dos tempos de trabalho para "facilitar a conciliação da vida pessoal e profissional no regime de trabalho.

Em maio, o SITAVA tinha emitido um outro pré-aviso de greve a todo o trabalho extraordinário entre os dias 03 de junho e 01 de outubro, depois de uma reunião insatisfatória com a TAP para discutir a proposta entregue em dezembro de revisão salarial para 2017.

PL (ND/ICO) // ATR

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