Taxa de poupança volta a cair e atinge o valor mais baixo em 18 anos

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 23 jun (Lusa) - A taxa de poupança das famílias voltou a cair, para os 3,8% do rendimento disponível até março, o valor mais baixo pelo menos desde o quarto trimestre de 1999, o primeiro para o qual há dados, segundo o INE.

Nas contas nacionais trimestrais por setor institucional hoje publicadas, o Instituto Nacional de Estatística (INE) refere que, no ano terminado nos primeiros três meses deste ano, a taxa de poupança das famílias "situou-se em 3,8% do rendimento disponível, menos 0,5 pontos percentuais do que no trimestre anterior", estando a cair há três trimestres consecutivos.

Esta redução "resultou da variação mais intensa na despesa de consumo final do que no rendimento disponível".

O crescimento do rendimento disponível das famílias deveu-se principalmente ao aumento de 0,9% das remunerações recebidas, "que mais do que compensou as reduções dos rendimentos líquidos de propriedade e do saldo das prestações sociais líquidas de contribuições".

Assim, considerando os valores para o ano acabado no primeiro trimestre de 2017, a capacidade de financiamento das famílias caiu para 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), depois de se ter situado nos 0,8% do PIB nos 12 meses concluídos no trimestre anterior, uma situação que reflete "sobretudo a redução da taxa de poupança", indica o INE.

A economia portuguesa registou uma capacidade de financiamento de 1,5% do PIB até março, mais 0,1 pontos percentuais do que no trimestre anterior.

Por setor institucional, a capacidade de financiamento das empresas fixou-se em 0,6% do PIB, 0,2 pontos percentuais acima da registada no trimestre anterior, e a das sociedades financeiras estabilizou nos 2,2% do PIB.

ND // CSJ

Lusa/fim

+ notícias: Economia

Boas ou más notícias para o crédito à habitação? Taxas Euribor com novas atualizações

A taxa Euribor desceu esta quinta-feira a três e a seis meses e subiu a 12 meses face a quarta-feira.

Bruxelas elogia cortes "permanentes de despesa" anunciados pelo Governo

A Comissão Europeia saudou hoje o facto de as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro se basearem em "reduções permanentes de despesa" e destacou a importância de existir um "forte compromisso" do Governo na concretização do programa de ajustamento.

Bruxelas promete trabalhar "intensamente" para conluir 7.ª avaliação

Bruxelas, 06 mai (Lusa) -- A Comissão Europeia está empenhada em trabalhar "intensamente" para terminar a sétima avaliação à aplicação do programa de resgate português antes das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin da próxima semana, mas não se compromete com uma data.