Horta Osório defende um plano para reduzir dívida pública que envolva toda a sociedade

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 22 jun (Lusa) - António Horta Osório defendeu hoje que Portugal precisa de um plano a médio prazo que envolva toda a sociedade para diminuir o elevado nível de dívida pública, sob pena de alguma turbulência colocar logo o país "em sobressalto".

"Deveríamos ter um plano a médio prazo na sociedade para diminuir o nível da dívida face ao produto [interno bruto], ou qualquer sobressalto ou problema externo pode voltar a pôr-nos numa situação muito difícil, que obviamente os portugueses não querem voltar a passar", disse o presidente do banco britânico Lloyds, em Lisboa, num almoço-debate da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa.

António Horta Osório citou o caso da Irlanda para considerar que este demonstra que tal é possível "desde que haja vontade da sociedade e políticas adequadas para o fazer".

Segundo os últimos dados disponíveis, a dívida pública representava em março 130,6% do Produto Interno Bruto (PIB), ligeiramente acima dos 130,4% de dezembro de 2016.

Sobre a evolução da economia portuguesa nos últimos anos, destacou o equilíbrio das contas externas e a recuperação do emprego como elementos positivos, mas considerou que a estagnação da produtividade coloca problemas quanto a aumentar no futuro a riqueza de cada cidadão, o PIB 'per capita'.

"A única maneira de ter melhores salários por hora é com produtividade", afirmou.

António Horta Osório defendeu ainda que o Governo deveria promover uma "política de imigração inteligente", tal como há em Singapura ou na Austrália, capaz de atrair pessoas qualificadas que ajudem a colmatar o problema de envelhecimento do país.

É que, disse, atualmente há um reformado para três pessoas no ativo, mas em 30 anos será um reformado para cada dois.

Este almoço-debate conta com a presença de Paulo Portas, que atualmente é vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa.

IM// ATR

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