Regulador chinês pede informações sobre empréstimos concedidos à Fosun e HNA

| Economia
Porto Canal com Lusa

Pequim, 22 jun (Lusa) - O regulador chinês pediu aos bancos do país informações sobre os empréstimos concedidos a empresas que fizeram importantes investimentos além-fronteiras, como a Fosun e a HNA, depois de a China registar no ano passado uma fuga recorde de capital.

Segundo a agência de informação financeira Bloomberg, entre as empresas abrangidas pelo pedido da Comissão Reguladora do Setor Bancário Chinês (CBRC) constam a HNA, acionista da TAP através do consórcio Atlantic Gateway e da companhia brasileira Azul, e a Fosun, dona de várias empresas em Portugal.

A comissão pediu ainda informações sobre o grupo Wanda, a seguradora Anbang, que foi candidata à compra do Novo Banco, e o Xheijang Rossoneri, que faz parte do grupo que detém o clube italiano de futebol AC Milan.

A medida deverá levar a uma redução do investimento chinês no estrangeiro, isto já depois de uma queda homóloga de 56%, na primeira metade do ano, devido às medidas adotadas por Pequim para prevenir a saída de capital.

A China tornou-se, nos últimos anos, um dos principais investidores em Portugal, comprando participações importantes nas áreas da energia, dos seguros, da saúde e da banca.

Ao atingir alguns dos homens mais ricos na China, o Presidente chinês, Xi Jinping, poderá estar a enviar um sinal do seu compromisso em sanear o sistema financeiro do país, a poucos meses de um importante congresso do Partido Comunista Chinês.

Depois de o pedido da CBRC ter sido tornado público, as ações do Fosun International, que é o acionista maioritário do Millenium BCP e controla a Fidelidade e a Luz Saúde, afundaram 7,1% na bolsa de Hong Kong.

Na bolsa de Xangai, as ações da subsidiária do grupo, a Shanghai Fosun Pharmaceuticals, recuaram 8,9%.

A CBRC pediu aos bancos para disponibilizarem informações sobre os empréstimos concedidos para investimentos no estrangeiro, sobretudo em propriedade, cinemas, hotéis, entretenimento e clubes desportivos, detalha a Bloomberg.

Os bancos terão que submeter a sua análise sobre os potenciais riscos destes investimentos e as medidas que têm preparadas para lidar com estes riscos.

JOYP // CSJ

Lusa/Fim

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