Câmara do Porto estuda modelo para o Mercado do Bolhão

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Porto Canal / Agências

Porto, 07 dez (Lusa) -- O presidente da Câmara do Porto está "desde o primeiro momento" a estudar soluções para o Mercado do Bolhão, mas ainda sem conclusões quanto à reabilitação e a concessão a privados defendidos em campanha, disse fonte da autarquia.

"Está a ser estudado o modelo para o Bolhão. Está a trabalhar-se no dossiê desde o primeiro momento", revelou à Lusa fonte da autarquia liderada por Rui Moreira, referindo-se ao espaço que é Monumento de Interesse Público desde setembro e comemora em 2014 o centenário.

Depois de um contacto que diz ter tido com o chefe de gabinete do autarca, Alcino Sousa, da Associação de Comerciantes do Bolhão, indicou à Lusa o financiamento da operação como o impasse a ser ultrapassado, para a Câmara intervir no edifício suportado por escoras desde 2005.

"Estão a estudar o projeto de financiamento e esse é o problema. Acho que vontade há, mas falta o resto", afirmou.

Manter a traça e a função tradicional do mercado, dotando-o de áreas de restauração, cultura e imobiliário e concessionando-o a privados como contrapartida para um investimento da ordem dos 17 milhões de euros foram as ideias defendidas em campanha por Rui Moreira.

O candidato acreditava ter a reabilitação concluída em 2015, após 12 meses de obras.

O atual presidente da Câmara do Porto rejeitou coberturas e parques de estacionamento subterrâneos, contemplados no projeto da Direção Regional de Cultura do Norte (DRC-N) que o anterior executivo, liderado por Rui Rio, não conseguiu levar a cabo por falta de verba.

A opção de não construir estacionamento no subsolo do mercado foi justificada pelo autarca com a existência de 2.300 lugares na periferia, à distância de cinco minutos a pé.

Moreira defendeu um concurso público para a concessão do projeto, que poderia ser financiado pelo programa Jessica, mas rejeitou tratar-se de uma parceria público-privada, garantindo que a autarquia poderá condicionar a construção como a concessão.

"Quem concessionar o Bolhão, vai ter que pagar uma renda e que aceitar as condições de arrendamento, quer das bancas, quer das lojas, que são definidas no contrato", vincou.

A zona de imobiliário referia-se a residências para estudantes e investigadores, ao passo que a área de lazer e a função cultural manteriam o espaço aberto depois do encerramento das bancas.

Em 2008, Rui Rio, adjudicou a "conceção, projeto, construção e exploração" do Mercado à empresa vencedora do concurso público lançado para o efeito, mas o negócio não se concretizou por incumprimentos do parceiro privado.

A Câmara optou então por uma parceria com o Ministério da Cultura, através da Direção Regional de Cultura do Norte (DRC-N), que em agosto de 2009 assegurou que as condições estruturais do edifício permitiam a execução da cobertura de 250 toneladas e recusou excluir a estrutura dos planos de recuperação quando, em 2012, os vereadores do PS sugeriram abandoná-la para reduzir custos.

"Subtrair ao projeto a cobertura metálica, elemento essencial para o funcionamento do mercado ou o estacionamento na segunda cave sustentado apenas no argumento financeiro pode significar hipotecar irreversivelmente a possibilidade de transformar o Mercado do Bolhão num mercado para o século XXI ou adiar a sua morte", escreveu a DRC-N, numa nota de imprensa enviada em agosto daquele ano à Lusa.

ACG // JGJ

Lusa/fim

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