França anuncia ação militar "imediata" na República Centro Africana

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Porto Canal / Agências

Paris, 05 dez (Lusa) -- O Presidente francês, François Hollande, anunciou hoje uma ação militar "imediata" das forças francesas na República Centro Africana (RCA).

Numa curta declaração transmitida na televisão, Hollande afirmou que "a intervenção francesa será rápida" e "não será desenvolvida para demorar".

"Dada a urgência, decidi agir imediatamente, ou seja, esta noite, em coordenação com as forças africanas e com o apoio dos parceiros europeus", indicou o governante, na mesma declaração, assegurando que "a França não tem outro objetivo que não salvar vidas humanas".

O contingente francês destacado atualmente na República Centro Africana, com 650 elementos, será "duplicado dentro de alguns dias, se não em poucas horas", disse Hollande, que se reuniu hoje com o conselho de defesa francês.

O chefe de Estado francês, que afirmou estar seguro do sucesso da missão, acrescentou que o governo "irá fornecer todas as explicações ao Parlamento na próxima semana", comprometendo-se igualmente a informar de forma regular os franceses.

As declarações de Hollande ocorreram algumas horas depois de o Conselho de Segurança da ONU ter autorizado a intervenção de forças francesas na RCA em apoio a uma força pan-africana para restaurar a segurança na antiga colónia francesa.

A resolução, proposta pela França e aprovada por unanimidade, autoriza os soldados franceses na RCA a "tomarem todas as medidas necessárias para apoiar a Misca (força africana na RCA) no cumprimento do seu mandato".

A Misca poderá agir "por um período de 12 meses" e tem por missão "proteger os civis, restabelecer a ordem e a segurança, estabilizar o país" e facilitar a distribuição de ajuda humanitária.

No quadro desta operação designada Sangrais, a França deve triplicar o seu contingente no país, para um total de 1.200 homens, encarregados nomeadamente de garantir a segurança do aeroporto de Bangui e das principais vias por onde passam os comboios humanitários.

O país de 4,5 milhões de habitantes mergulhou no caos desde o golpe de Estado de março realizado pela coligação rebelde Séléka, com origem na minoria muçulmana, que afastou o Presidente François Bozizé.

A resolução prevê igualmente a eventual transformação da Misca numa força de paz da ONU, que terá de ser aprovada pelo Conselho de Segurança, devendo o secretário-geral da ONU preparar um relatório sobre a questão nos próximos três meses.

O documento aprovado hoje prevê ainda a criação de uma comissão de inquérito sobre os direitos humanos e um embargo de um ano às armas para a RCA.

A votação nas Nações Unidas ocorreu numa altura em que a situação se degradou na capital da RCA, Bangui, onde apesar do recolher obrigatório se registaram vários tiroteios hoje de manhã.

Perto de 80 cadáveres com marcas de ferimentos de arma branca e de tiros foram vistos por jornalistas da agência France Presse.

SCA/PAL // JMR

Lusa/Fim

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