Alentejo vai ter mais 42% de fundos europeus entre 2014 e 2020

| Economia
Porto Canal / Agências

Évora, 05 dez (Lusa) -- Um total de 93% das verbas do próximo período de fundos comunitários 2014-2020 para Portugal, atribuídas aos programas regionais, destina-se às regiões "mais pobres", com destaque para o Alentejo, que vai dispor de mais 42% de apoios.

Esta distribuição dos fundos europeus foi divulgada hoje, em Évora, pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida.

"Há muito a tendência de pensar que os investimentos públicos estão muito centrados em Lisboa", mas, com os fundos europeus, "não é isso que se passa, nem se vai passar", afiançou. Segundo o governante, no próximo quadro de apoios comunitários (2014 a 2020), "93% dos fundos europeus vão ser gastos nas regiões mais pobres do país", ou seja, "no norte, centro, Alentejo e Açores".

"As regiões de Lisboa, do Algarve e da Madeira vão ter apenas 7%" dos fundos atribuídos aos programas operacionais regionais, disse.

Manuel Castro Almeida frisou que, assim sendo, vai haver "uma clara concentração do investimento nas regiões mais pobres, porque os fundos europeus estão, em grande medida, ao serviço da coesão territorial" e é necessário "que o país seja mais homogéneo".

O secretário de Estado falava à agência Lusa na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, onde foi hoje feito o balanço do atual programa operacional da região, o InAlentejo, e foram traçadas perspetivas sobre os próximos fundos comunitários.

Os vários programas operacionais regionais vão contar com um reforço de verbas, prometeu, realçando que o Alentejo vai ter o maior aumento percentual de fundos, muito graças ao empreendimento do Alqueva.

"No caso do Alentejo, o reforço de verbas vai ser muito significativo", atingindo os "42% de aumento", o que significa que vai passar "de 850 milhões de euros para cerca de 1.200 milhões de euros", disse Manuel Castro Almeida.

Neste "bolo", precisou, inclui-se uma parcela de "cerca de 150 milhões de euros" destinada especificamente "ao desenvolvimento da segunda fase do Alqueva", no âmbito da rede secundária de rega.

"Estamos a falar, portanto, de um reforço em cima de um reforço que há para as regiões mais pobres do país", afirmou, explicando que, por exemplo, o norte e centro têm subidas na ordem dos "25%", cabendo ao Alentejo este aumento maior de 42% devido, precisamente, aos apoios para o Alqueva.

Quanto ao InAlentejo, o governante admitiu que, "há algum tempo atrás", estava "bastante atrasado", em comparação com os demais programas do país, mas, agora, "já está muito próximo da média nacional".

"Houve um esforço muito forte de recuperação, nos últimos dois anos", e, neste momento, o programa, cuja execução deverá cifrar-se nos 60% no final do ano, "já atingiu os mínimos necessários" para evitar a "devolução de verbas a Bruxelas", congratulou-se.

Depois de as prioridades terem sido as infraestruturas e equipamentos, acentuou ainda, os fundos comunitários previstos para 2014-2020 deverão ser usados em prol da "competitividade da economia", focando "a criação de riqueza e emprego".

RRL // MLM

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