Universitários em Vila Real voluntarizam-se para reparar equipamentos de deficientes

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Porto Canal / Agências

Vila Real, 05 dez (Lusa) - Alunos da Universidade de Vila Real tornam-se voluntários duas vezes por semana para repararem produtos de apoio a pessoas com deficiência e idosos com o objetivo de, ao mesmo tempo que aprendem, também ajudarem a comunidade.

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) colocou este ano em funcionamento o Banco de Empréstimo de Tecnologias de Apoio (BETA), um serviço dinamizado pelo Centro de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade (CERTIC).

Muito deste material, que vai desde as cadeiras de rodas, andarilhos, elevadores de transferência elétricos ou cadeiras sanitárias, foi doado pela fundação sueca AGAPE, e está a ser emprestado a pessoas com deficiência ou idosos do distrito de Vila Real.

Aos alunos voluntários cabe agora a tarefa de reparar estes equipamentos. Primeiro, foram os estudantes do curso de Engenharia da Reabilitação, depois foram-se juntando outros de outras licenciaturas da academia. A ideia agora é alargar o voluntariado à comunidade de Vila Real.

Cláudia Ribeiro é a coordenadora da equipa de voluntariado. "Estamos a fazer um trabalho em prol da comunidade. Temos muito para reparar, faltam é voluntários", afirmou à agência Lusa.

Aqui, a aluna de mestrado junta o útil ao agradável. "Acaba por ser uma componente prática do que ando a estudar e depois há a parte social, de poder ajudar de forma totalmente gratuita as pessoas, o que me preenche", salientou.

António Ventura destacou o serviço prestado pelo BETA, que disse ser "extremamente útil para a sociedade". "É também útil para nós porque ganhamos experiência. Tudo aquilo que aprendemos no curso pode ser aplicado aqui e o que aprendemos aqui pode ser aplicado no curso", acrescentou.

Hélio Duarte começou a fazer voluntariado há duas semanas porque quer ajudar. "Ajudo na manutenção dos aparelhos, a fazer os arranjos que são necessários", frisou.

Bibiana Cardoso prefere vir trabalhar do que ficar em casa. "Para além de aprendermos, há também o aspeto humano que é a parte que mais gosto, que é poder interagir com as pessoas e ter esse contacto", sublinhou.

O coordenador do CERTIC, Francisco Godinho, realçou o papel dos alunos, que considerou ser indispensável.

"Neste caso, se não tivéssemos voluntários nem tínhamos condições para prestar estes serviços, visto que nem temos meios para pagar a pessoal técnico", afirmou.

Nestes dias, para além do trabalho de reparação que está a ser feito na oficina e da higienização dos materiais, os voluntários estão também a preparar uma demonstração de um Centro de Tecnologias de Apoio.

No edifício da avenida Almeida Lucena, desativado pela academia e que está a ser aproveitado temporariamente para guardar os equipamentos, estão a ser preparadas cinco salas temáticas: quarto e casa de banho adaptada, cozinha adaptada, produtos para mobilidade, produtos para a comunicação e informação, recreação e lazer.

A ideia é mostrar o trabalho desenvolvido, os materiais disponíveis e desafiar as entidades públicas ou privadas de Vila Real a juntarem-se neste centro, de forma a ampliar e melhorar os serviços disponibilizados.

O que se justifica porque, segundo Francisco Godinho, esta é uma das regiões mais envelhecidas do país e o próprio país é um dos mais envelhecidos da Europa.

PLI // JGJ

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