Obras de Júlio Pomar e Cabrita Reis dialogam na exposição "Das pequenas coisas"
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 26 mai (Lusa) - A exposição "Das pequenas coisas" vai colocar em diálogo obras dos artistas Júlio Pomar e Pedro Cabrita Reis, estabelecendo novas relações com a contemporaneidade, a partir de 01 de junho, no Atelier-Museu Júlio Pomar, em Lisboa.
De acordo com o Atelier-Museu, a exposição, que inaugura a 01 de junho, estará aberta ao público entre 02 de junho e 10 de outubro, com curadoria de Sara Antónia Matos, diretora desta entidade.
A exposição é pensada, desde a sua génese, como uma intervenção específica no espaço do Atelier-Museu, onde Júlio Pomar, 91 anos, e Pedro Cabrita Reis, 61 anos, através de objetos, esculturas e 'assemblages', exploram composições em materiais variados.
"Trata-se de usar pedaços ou fragmentos de materiais, quase sem intervenção dos artistas, como se as matérias-primas fossem apropriadas pelos autores devido às associações que potenciam, e combinadas entre si, como manchas ou planos de tinta, sem necessidade de modelação ou recurso a outro processo de trabalho escultórico", descreve um comunicado do atelier, sobre a nova exposição.
Pedro Cabrita Reis mostra uma série de esculturas e objetos feitos com materiais de várias proveniências, nomeadamente encontrados na rua e na praia.
Foi também na praia, durante um período de quatro meses de férias e trabalho no Algarve, no verão de 1967, em Manta Rota, que Júlio Pomar começou a produzir 'assemblages' de objetos e materiais aí encontrados, corroídos e desgastados pelo sal, pelo sol, e pelo tempo.
O museu recorda que "as 'assemblages' ou construções viriam a pontuar o percurso destes dois artistas, umas vezes adquirindo grandes dimensões, outras vezes pequena dimensão, mas carregando sempre uma medida de estranheza e, por vezes, de ironia desconcertantes, comum a ambos".
A exposição "Júlio Pomar e Pedro Cabrita Reis: Das pequenas coisas" dá seguimento ao programa de exposições do Atelier-Museu que, todos os anos, procura cruzar a obra de Júlio Pomar com a de outros artistas, de modo a estabelecer novas relações entre a obra do pintor e a contemporaneidade.
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