Conjunto África Negra, Aláfia e Cacique 97 atuam no Salão Brazil, em Coimbra

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Porto Canal com Lusa

Coimbra, 26 mai (Lusa) - O Salão Brazil, em Coimbra, vai ser palco de uma aparição raríssima do conjunto são-tomense África Negra, local que recebe ainda os brasileiros Aláfia e os portugueses Cacique 97 no aquecimento para a iniciativa Sons da Cidade.

Os três concertos, na quarta-feira e ainda a 8 e 10 de junho, assumem-se como uma espécie de aquecimento para a iniciativa Sons da Cidade, que arrancou em 2014 e que assinala a classificação da Alta, Universidade de Coimbra e Rua da Sofia como Património Mundial, com uma série de eventos culturais.

O tema deste ano do Sons da Cidade "é a língua, a língua como património", e o Salão Brazil decidiu organizar uma série de três concertos, tendo em Coimbra o conjunto África Negra, muito popular nos anos 1980, os brasileiros Aláfia e os Cacique 97, disse à agência Lusa José Miguel Pereira, diretor do Jazz ao Centro Clube (JACC), entidade que programa aquele espaço da cidade.

Os África Negra, que editaram três discos pela Iefe, na década de 1980, surgem em Coimbra com seis elementos (voz, duas guitarras, baixo e percussão), contando ainda com dois membros da formação original que começou a tocar nos fundões de São Tomé em 1974, o vocalista João Seria e o guitarrista Leonildo Barros.

O conjunto são-tomense toca em Coimbra a 08 de junho, no Salão Brazil, apresentando um repertório onde se misturam ritmos tradicionais de São Tomé e Príncipe, com o 'highlife' (género da África Ocidental, nomeadamente Gana e Nigéria) e o 'soukous' (da zona da bacia do rio Congo).

"Ficámos contentíssimos com a possibilidade de os receber. São uma referência importantíssima para a música africana de expressão portuguesa, junto dos Tabanka Djaz, Bonga e dos Tubarões", sublinhou José Miguel Pereira, recordando que depois de um regresso em 2014 com dois concertos em Portugal, não voltou a haver atuações dos África Negra no país, visto que alguns dos membros continuam a viver em São Tomé.

As oportunidades de os ver "são raríssimas", realçou o diretor do JACC, salientando que é importante dar mais visibilidade ao trabalho deste conjunto, assim como de muitos outros grupos que despontaram nos anos 1970 um pouco por todos os países africanos de língua portuguesa.

"Felizmente, hoje, temos um olhar diferente sobre essa herança", notou.

A série de três concertos arranca já na quarta-feira com os Aláfia, de São Paulo (Brasil), uma banda de 11 músicos que "fundem um pouco as expressões africanas e afro-brasileiras com expressões urbanas", explicou José Miguel Pereira.

A 10 de junho, será a vez dos portugueses Cacique 97, um grupo que se apresenta com uma base de afrobeat misturada com "o funk africano e grooves afrolusófonos". Apresentam no Salão Brazil o seu mais recente álbum "We Used To Be Africans".

Segundo José Miguel Pereira, o programa para o Sons da Cidade começará a ser anunciado após o primeiro concerto desta iniciativa do Salão Brazil.

O preço dos bilhetes varia entre sete e oito euros para cada um dos concertos, todos com hora prevista de início para as 22:00.

JYGA // SSS

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