Mão-de-obra importada de Macau continuou encolher em abril

| Economia
Porto Canal com Lusa

Macau, China, 25 mai (Lusa) -- O universo de mão-de-obra importada de Macau continuou a diminuir em abril, em termos anuais homólogos, fixando-se em 179.662 trabalhadores não residentes, indicam dados oficiais.

De acordo com dados da Polícia de Segurança Pública (PSP), disponíveis no portal da Direção para os Assuntos Laborais, Macau perdeu 1.701 trabalhadores do exterior no intervalo de um ano e 217 em termos mensais, ou seja, face a março.

A China figura como a principal fonte da mão-de-obra importada de Macau, com 114.860 trabalhadores (63,9% do total), mantendo uma larga distância das Filipinas, que ocupa o segundo lugar (27.255). Em terceiro lugar, surge o Vietname (14.803).

O setor dos hotéis, restaurantes e similares absorve a maior fatia (50.039), seguido do da construção (34.869).

A construção foi o ramo que registou a maior quebra: no intervalo de um ano 'perdeu' 8.985 trabalhadores não residentes.

Essa forte diminuição foi atenuada nomeadamente pelo aumento do número de trabalhadores no exterior nos hotéis, restaurantes e similares (mais 2.677), de empregados domésticos (mais 2.136) ou do setor de atividades imobiliárias e serviços prestados às empresas (mais 1.094) face a abril de 2016.

A mão-de-obra importada equivalia a 46,3% da população ativa e a 47,3% da população empregada, estimadas no final de março.

Portadores do chamado 'blue card', os trabalhadores não residentes apenas podem permanecer em Macau enquanto estiver válido o contrato de trabalho, não possuindo direito de residência.

Apesar de perfazerem mais de um quarto da população de Macau (27,5% dos 648.300 habitantes estimados no final de março), os trabalhadores não residentes não contam, por exemplo, com um mandatário formal de uma associação de imigrantes no seio da Concertação Social.

A ala laboral tem assento, mas a situação dos trabalhadores não residentes difere da dos locais, sendo regulada por uma lei específica.

Os trabalhadores não residentes na Região Administrativa Especial de Macau ultrapassaram, pela primeira vez em 2008, os 100 mil.

Macau contava, no final de 2000, 27.221 trabalhadores não residentes, 39.411 em 2005, 110.552 em 2012, 170.346 em 2014, 181.646 em 2015 e 177.638 em 2016.

DM // EJ

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