Venezuela: Governo convida eleitores a candidatarem-se para a Constituinte

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Porto Canal com Lusa

Caracas, 24 mai (Lusa) - O Governo da Venezuela convidou hoje os venezuelanos para se candidatarem a integrar os constitucionalistas que vão redigir uma nova Constituição.

O convite foi feito pelo presidente da Comissão Presidencial para a Assembleia Constituinte (AC), Elías Jaua, vincando que não haverá escolhas a dedo.

"Ninguém os está indicando a dedo. Será uma iniciativa de cada homem, de cada mulher que considere poder fazer parte de um espaço para o diálogo político e para a democracia", disse ao canal estatal VTV.

"Uma pessoa pode votar no âmbito territorial por tantos cargos quantos tenha que eleger e nos setores, se pertencer a algum (deles), votará pelos cargos a eleger", disse, precisando que cada candidato deverá recolher 3% das assinaturas e que os funcionários que sejam eleitos deverão abandonar o cargo.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assinou, terça-feira, o decreto com as bases para a eleição de 540 constituintes, sublinhando que 364 terão âmbito municipal, pela modalidade de lista e nominal, e 176 vão ser escolhidos de forma setorial, por trabalhadores, camponeses, pescadores, estudantes, deficientes, indígenas, reformados, empresários, comunas e conselhos comunais.

Por outro lado, o presidente da Assembleia Nacional, Júlio Borges, acusou o Chefe de Estado de "fazer um golpe de Estado" à Constituição e de "inventar um parapeito para decidir quem vota e quem não", ao mesmo tempo que convocou os venezuelanos a oporem-se à AC.

"Este parlamento convoca o país a opor-se e vai perguntar ao povo venezuelano qual é a solução para a crise, queremos eleições livres para a Venezuela", disse aos jornalistas.

No passado dia 01 de maio, o Presidente Nicolás Maduro convocou os venezuelanos para elegerem uma Assembleia Nacional Constituinte cidadã para, justificou, preservar a paz e a estabilidade da República, incluir um novo sistema económico, segurança, diplomacia e identidade cultural.

Segundo Nicolás Maduro, como parte das suas "atribuições constitucionais" está a reforma do Estado venezuelano, modificar a ordem jurídica, permitindo a convocatória que seja redigida uma nova Constituição.

A convocatória intensificou as manifestações a favor e contra o Presidente Nicolás Maduro e durante as quais já morreram, pelo menos, 55 pessoas.

FPG // JPF

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