Suspeito de provocar incêndio no Funchal em agosto começa hoje a ser julgado
Porto Canal com Lusa
Funchal, Madeira, 24 mai (Lusa) -- O Tribunal de Instância Central da Comarca da Madeira começa hoje a julgar o homem que alegadamente deflagrou o incêndio no Funchal, em agosto de 2016, que acabou por atingir grandes proporções e provocou a morte de três pessoas.
Paulo Gonçalves, com 24 anos, está em prisão preventiva e responde também por três crimes de homicídio.
O arguido é suspeito de, a 08 de agosto, na freguesia de São Roque, nos arredores do Funchal, ter posto fogo numa área florestal que, devido às condições atmosféricas [altas temperaturas (37 graus centígrados), tempo seco e vento forte (70 quilómetros/hora)] que se propagou a uma vasta área do concelho.
Pela primeira vez, um fogo que começou numa área florestal acabou por atingir o centro do Funchal, na zona histórica de São Pedro.
Pelo caminho deixou um rasto de destruição, provocando a morte de três mulheres, centenas de desalojados, danos em dezenas de habitações, tendo os prejuízos sido avaliados em 157 milhões de euros pelo Governo Regional da Madeira.
Segundo a imprensa, quando ouvido em sede de interrogatório no tribunal de Instrução Criminal, o arguido terá alegado que só "queria queimar lixo num bidão".
O homem tem antecedentes criminais, tendo sido julgado e absolvido no decorrer de um julgamento efetuado em 2010, em que foi acusado, juntamente com outras três pessoas de provocar um incêndio nas instalações de uma empresa na freguesia de Santo António.
No portal do Citius, criado pelo Ministério da Justiça, este julgamento tem audiência também marcada para 31 de maio.
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