Pires de Lima promete mais verbas para PME no próximo quadro comunitário de apoio

| Economia
Porto Canal / Agências

Porto, 04 dez (Lusa) - O ministro da Economia, António Pires de Lima, garantiu hoje que o próximo quadro comunitário de apoio reforçará o "investimento na componente económica e empresarial", focando-se nas Pequenas e Médias Empresas (PME).

"O que vos posso garantir é que no novo quadro Portugal 2020 prevemos alocar uma verba crescente à economia, nomeadamente à inovação e investigação e a setores que ligam as empresas com a ciência, mas também à competitividade mais próxima das Pequenas e Médias Empresas, tanto através de fundos temáticos nacionais, como de fundos regionais", afirmou Pires de Lima perante uma plateia de várias dezenas de empresários do calçado que participaram, no Porto, na apresentação do plano Estratégico do setor do calçado para o período 2014-2020.

Segundo o ministro, o objetivo é "continuar a apoiar, de forma muito próxima, o esforço" que indústrias como a do calçado têm feito, "por si próprias e por Portugal".

Apontando o calçado como "uma referência e um exemplo de como, através da inovação e do investimento, se pode dar vitalidade a um setor que muitos consideraram vencido em consequência da globalização", Pires de Lima destacou a "parceria" que há "várias décadas" tem unido o Estado e o setor.

"Se a indústria [do calçado] soube associar-se e trabalhar como uma só equipa, mal estaria que o Estado português não soubesse também encontrar as formas dinâmicas de poder continuar a ser um aliado objetivo deste esforço extraordinário que a indústria tem feito", afirmou o governante.

Na sua intervenção, o ministro da Economia apontou os "sinais cada vez mais evidentes, elogiosos e de confiança de algumas autoridades económicas fora de Portugal" relativamente à economia portuguesa, considerando que, "apesar dos dias difíceis" que ainda se vivem, são "dias diferentes, de esperança e de crescente confiança".

"Com a leitura dos sinais que vamos conhecendo um pouco todos os dias diria que a retoma económica se vai insinuando de uma forma cada vez mais presente na vida de Portugal. Há, no entanto, muito trabalho ainda por fazer e para que se possa falar verdadeiramente de um crescimento económico sustentado e consolidado", disse.

Relativamente ao setor do calçado, Pires de Lima destacou que "só o facto de já há mais de 30 anos" vir traçando planos estratégicos "é, em si, um sinal de grande inovação".

A este propósito, salientou que o "sentido de construir em equipa e de valorizar aquilo que une a indústria do calçado foi mais forte do que as rivalidades próprias do registo de concorrência que existe em qualquer setor", sendo este "um excelente exemplo para outros setores da economia".

"É um setor que funciona como um 'cluster' e que sabe valorizar aquilo que o une", salientou, apontando o calçado como a "prova de que a economia portuguesa pode crescer quando se organiza estrategicamente para acrescentar valor".

Com mais de 73 milhões de pares de sapatos produzidos em 2012, 95% dos quais para exportação, a indústria portuguesa de calçado contribui, conforme salientou Pires de Lima, "de uma forma determinante para o sucesso da agenda de exportações" portuguesa.

"Exportamos três vezes mais sapatos do que aqueles que importamos", salientou, referindo os mais de 1.650 milhões de euros exportados no ano passado e o crescimento superior a 7% registado este ano, assim como o facto de o calçado português ter hoje o segundo preço mais alto de todo o mundo, depois da Itália.

PD // MSF

Lusa/fim

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