51% de taxa de participação nas "primárias" dos socialistas espanhóis às 14h00

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Porto Canal com Lusa

Madrid, 21 mai (Lusa) -- A taxa de participação dos militantes socialistas espanhóis na votação para eleger um novo secretário-geral do partido era de 51 % às 14:00 (13:00 de Lisboa), segundo o porta-voz da comissão de gestão do PSOE.

Numa breve declaração aos jornalistas na sede do PSOE em Madrid, Mario Jiménez indicou que a taxa de participação de 51 % corresponde a uma amostra de 754 mesas, que representam 120.000 filiados entre os mais de 187.900 inscritos no censo.

Os três candidatos a secretário-geral do PSOE já votaram durante a manhã para as eleições "primárias" que segundo o porta-voz, até agora, "está a decorrer com normalidade".

Em declarações feitas à saída do local em que votaram Susana Díaz, Pedro Sánchez y Patxi López, defenderam que a partir de segunda-feira o líder eleito terá de trabalhar para conseguir a coesão interna do partido.

"O melhor vai começar a partir de amanhã [segunda-feira] porque somos a alternativa de Governo e começa a contagem regressiva para voltarmos a ganhar", disse Suzana Díaz, acrescentando que é necessário "abrir um tempo de unidade, de fraternidade" entre todos os socialistas.

Por seu lado, Pedro Sánchez sublinhou que o processo atual deve levar a um "novo" partido, e que hoje é o dia dos "militantes e amanhã da unidade" entre os socialistas.

Por último, Patxi López realçou que "amanhã [segunda-feira] será o primeiro dia da recuperação do PSOE".

Os locais de voto encerram às 20:00 (19:00 em Lisboa), menos no arquipélago das Canárias, onde a votação termina uma hora mais tarde.

A partir das 21:00 (20:00 de Lisboa) os resultados da votação começam a ser conhecidos, à medida que chegarem à sede nacional do PSOE, em Madrid, e antes do fim do dia deverá ser conhecido o nome do novo secretário-geral.

Os socialistas espanhóis votam quase oito meses depois de terem afastado o seu último líder, Pedro Sánchez, que agora volta a candidatar-se, e quatro semanas antes do 39.º Congresso do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), que decorre entre 16 e 18 de junho.

Os militantes socialistas estão a decidir se apostam numa viragem à esquerda, com Pedro Sánchez, ou se preferem uma via mais tradicional, que parece não estar a resultar em outros partidos sociais-democratas europeus, com Susana Díaz, que é apoiada pelos "históricos", pelo "aparelho" e pela maioria dos líderes regionais do PSOE.

Entre os dois está Patxi López, que se apresenta como o denominador comum e o ponto de equilíbrio num partido muito dividido, mas que parece ter poucas possibilidades de vir a liderar o PSOE, depois de apenas ter apresentado 10.800 assinaturas de militantes quando se candidatou, contra as 59.400 de Susana Díaz e as 53.100 de Pedro Sánchez.

O ex-secretário-geral do PSOE demitiu-se do cargo em 01 de outubro do ano passado, depois de uma maioria de dirigentes nacionais do partido terem chumbado a sua estratégia de recusar determinantemente um Governo do PP.

Os socialistas acabaram por viabilizar, através da sua abstenção no parlamento, o atual governo minoritário de direita do PP, liderado por Mariano Rajoy.

Uma comissão de gestão, que está a organizar as primárias e o congresso do partido, dirige o PSOE desde a demissão de Pedro Sánchez.

Nas eleições legislativas de dezembro de 2015 e na repetição feita em junho de 2016, Pedro Sánchez obteve os piores resultados do PSOE desde o início da transição democrática espanhola (1977).

O Partido Popular (direita) foi o partido mais votado nas últimas eleições legislativas espanholas, realizadas em 26 de junho de 2016, com 33,0% dos votos, seguido pelo PSOE com 22,7%, Unidos Podemos (extrema-esquerda) com 21,1% e Cidadãos (centro) com 13,0%.

FPB // ZO

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