Utentes dos Serviços Públicos pedem requalificação da estação do Entroncamento e marcam protesto

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Porto Canal com Lusa

Rio Maior, Santarém, 20 mai (Lusa) -- O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) do distrito de Santarém decidiu hoje promover a 09 de junho uma concentração em frente à estação ferroviária do Entroncamento em defesa da requalificação desta estrutura.

Esta foi uma das decisões saídas do sexto encontro distrital das comissões de utentes de serviços públicos, que se realizou em Rio Maior, e onde foi igualmente aprovada a proposta de deslocação ao Ministério da Saúde, em Lisboa, para entrega do abaixo-assinado "vamos melhorar as Urgências no Médio Tejo" e de um "documento de análise" dos cuidados de saúde no distrito de Santarém.

No âmbito das acessibilidades, o movimento decidiu elaborar um documento sobre as estruturas rodoviárias e ferroviárias no distrito de Santarém, a entregar na delegação da Infraestruturas de Portugal, e promover "iniciativas simbólicas" junto das encostas da cidade de Santarém e das pontes de Constância e da Chamusca.

No documento aprovado no encontro, o movimento sublinha a importância da manutenção das rodovias e da ferrovia na esfera pública, apelando à manutenção e construção de novas infraestruturas, nomeadamente para a travessia do Tejo na região do Médio Tejo, e à abolição de portagens em vias que considera estruturantes, como a A23 e A13.

Manuel José Soares, porta-voz do MUSP, disse à Lusa que foi aprovado também um apelo a que o Instituto do Emprego e Formação Profissional seja "mais eficaz no acompanhamento e colocação de desempregados" e outro para o crescimento do financiamento aos serviços públicos de cultura.

O movimento quer ainda que os valores públicos atribuídos a órgãos de comunicação social sejam usados para uma efetiva cobertura do território, disse.

Foi também decidido organizar uma iniciativa pública a propósito das questões ambientais no distrito, adiantou.

No encontro foi ainda aprovada uma moção sobre a descentralização de serviços públicos, apelando a um "debate sério e participado" sobre o que transferir e em que condições técnicas e financeiras.

No documento, os utentes recusam as privatizações e concessões e reprovam a "tentativa apressada de municipalização" de serviços, sem a garantia dos necessários meios técnicos e financeiros.

Na área da saúde, é feito um apelo à articulação entre os diversos níveis de cuidados de saúde, à colocação de mais profissionais em centros de saúde e hospitais, uma gestão virada para a proximidade, com a aquisição de unidades móveis de saúde, e melhores serviços de urgência hospitalar.

O movimento defende ainda a reposição de freguesias, a manutenção dos serviços de proximidade da banca, em particular da Caixa Geral de Depósitos, o reforço de meios humanos e técnicos nos serviços judiciais nos vários concelhos do distrito e a remunicipalização dos sistemas de captação e distribuição de água, saneamento e recolha de resíduos.

Entre as moções aprovadas está uma de apoio e apelo à participação da "jornada de luta" agendada para dia 03 de junho peça central sindical CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses).

MLL // MP

Lusa/fim

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