Ministro da Economia alerta que "viragem económica" não pode dar lugar "a euforia"

| Economia
Porto Canal / Agências

Guimarães, 04 dez (Lusa) - O ministro da Economia afirmou hoje que Portugal vive um "tempo de viragem económica", mas alertou que os políticos não podem "entrar em euforia" e que é pela "valorização das pessoas" que se constrói uma economia moderna.

Em Guimarães, para a inauguração na nova unidade fabril da Pinto Brasil, Pires de Lima apontou que a "igualdade de circunstâncias" ao nível de financiamento e capitalização entre as empresas que "competem" no mercado europeu só será atingida "quando o projeto de União Bancária estiver concluído".

"É pela valorização das pessoas que se constrói competitividade numa economia moderna, economia que em Portugal estamos a construir", defendeu Pires de Lima quando confrontado com a insistência da 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) para que se baixem salários em Portugal.

Para o ministro da Economia, que se recusou a comentar a privatização dos CTT, vive-se um "tempo de esperança", mas que deve ser encarado com cautela.

"Os indicadores dão nota de que estamos num tempos de viragem, de algum crescimento económico e até, em determinados setores e áreas, de criação de emprego líquida. É uma boa notícia, mas não nos pode, a nós políticos, que temos a responsabilidade de dar o exemplo, deixar entrar em euforias", afirmou.

Isto porque, explanou, "continua a haver muita gente que está a sofrer, que está em situações pessoais difíceis, o desemprego continua a ser alto e uma chaga social".

Pires de Lima realçou também a importância do projeto de "União Bancária" para a igualdade no acesso ao financiamento e capitalização das empresas portuguesas.

"Esse projeto [da União Bancária] permitirá separar aquilo que é o risco soberano de risco empresarial e tratar em igualdade de circunstâncias todas as empresas que competem no espaço único europeu", explicou.

A Pinto Brasil inaugurou hoje a nova unidade de produção do grupo, dedicado à metalomecânica orientada para a indústria de cabelagem automóvel, um investimento de 15 milhões de euros.

A Pinto Brasil foi fundada em 1991 e emprega atualmente mais de 250 pessoas tendo um volume de faturação na ordem dos 22 milhões de euros por ano.

JYCR // MSF

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