Lucros das empresas podem financiar Segurança Social mas sem "aumento da taxação" da economia

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 17 mai (Lusa) -- O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, voltou hoje a admitir que os lucros das empresas financiem a Segurança Social, desde que isso "não aumente a taxação global sobre a economia".

Na comissão parlamentar de Trabalho e Segurança Social, onde está a ser ouvido, Vieira da Silva foi questionado pelo deputado do CDS-PP Anacoreta Correia sobre a possibilidade de o Governo taxar os lucros das empresas para financiar a Segurança Social.

Recordando que referiu essa hipótese em declarações à TSF, Vieira da Silva disse que admitiu que se possa considerar a taxação de lucros como fonte de diversificação de financiamento da Segurança Social, "ainda que pense que isso não deve significar um aumento da taxação global sobre a economia".

"Admito que haja alterações nas formas de financiamento, mas neste momento não aconselho aumento da taxação global", acrescentou o governante.

Já respondendo à deputada do PCP Rita Rato, que lembrou a proposta comunista de introduzir a reforma sem penalizações aos 60 anos de idade e 40 anos de descontos para a Segurança Social, Vieira da Silva afirmou que uma medida desse género colocaria "sérios problemas à sustentabilidade da Segurança Social"

"Significaria também que qualquer pessoa com 60 anos e 40 anos de carreira teria uma reforma sem nenhuma penalização. A existência dessa norma obrigaria a um esforço contributivo muito maior", disse.

SP/HN// ATR

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