Calma em Banguecoque após trégua entre manifestantes e a polícia

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Porto Canal / Agências

Banguecoque, 04 dez (Lusa) - A calma prevalecia hoje no distrito administrativo de Banguecoque, depois de dois dias de distúrbios que cessaram hoje, após a polícia ter recebido ordens para acabar com os confrontos com os manifestantes antigovernamentais.

Dezenas de voluntários trabalhavam, esta manhã, na limpeza de escombros nos pontos de concentração dos manifestantes e nas ruas da capital, onde ocorreram os confrontos, aproveitando a trégua acordada face à celebração, esta quinta-feira, do aniversário do rei Bhumibol Adulyadej, habitualmente assinalado em clima de paz e tranquilidade.

Contudo, os protestos vão ser retomados no dia seguinte, segundo garantiu o líder do movimento da oposição, o ex-vice-primeiro-ministro no Governo do Partido Democrata (2008-2011) Suthep Thaugsuban, a fim de erradicar o que qualifica como "regime de Thaksin", em referência ao ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto, em 2006, na sequência de um golpe militar.

Suthep Thaugsuban acusa a atual primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, de corrupção e de ser um fantoche nas mãos de Thaksin, o seu irmão mais velho, que, de acordo com os seus opositores, governa a Tailândia a partir do seu exílio no Dubai.

Yingluck Shinawatra disse querer evitar novos episódios de violência e mostrou abertura para conversações com académicos, empresários e especialistas e manifestantes, a fim de serem debatidas reformas e de se acordar uma saída democrática para a crise.

"A situação política no nosso país ainda não regressou à normalidade, apesar de se ter acalmado", afirmou, esta noite, Yingluck, numa breve mensagem transmitida pela televisão.

A primeira-ministra lançou um apelo para a unidade para se celebrar o aniversário do monarca tailandês, a autoridade moral, sem papel político, venerada pela maioria dos tailandeses.

Contudo, também esta noite, Suthep insistiu na sua proposta de substituir o atual Governo eleito por um "conselho popular" não eleito, opção que a chefe do Executivo tailandesa rejeitou por ser contrária à Constituição.

Entretanto, as autoridades detiveram sete estudantes por alegadamente incendiarem várias viaturas policiais durante os distúrbios que ocorreram durante a madrugada de terça-feira, perto da sede do Governo, na capital.

Segundo o jornal Bangkok Post, os agentes também apreenderam garrafas, bolsas de plástico com gasolina e álcool, navalhas, tacos de golfe, pequenos explosivos e balas.

Dezenas de pessoas ficaram feridas nos incidentes que começaram depois de confrontos entre apoiantes e oponentes do Governo, os quais resultaram, na noite de sábado, em quatro vítimas mortais e em mais de 50 feridos.

DM // JCS.

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