Candidato do PS reconhece "enorme trabalho a fazer" na Coesão Social do Porto

| Política
Porto Canal com Lusa

Porto, 11 mai (Lusa) -- O candidato do PS à Câmara do Porto, Manuel Pizarro, assegurou hoje que vai manter-se "próximo das pessoas que trabalham por um Porto mais inclusivo" e admitiu existir "um enorme trabalho a fazer" na área da Coesão Social.

"Será um longo trabalho a fazer ao nível da Coesão Social. Tenho orgulho do percurso que fizemos nos últimos quatro anos, mas tenho bem consciência de que há um enorme trabalho pela frente", disse Pizarro aos jornalistas, na primeira iniciativa pública depois de entregar ao independente Rui Moreira o pelouro da Habitação e Ação Social, que detinha desde 2013 no âmbito de um acordo pós-eleitoral, e de se assumir como candidato do PS às autárquicas de outubro.

Pizarro esteve no Centro António Cândido e frisou que esta visita foi feita "como vereador, apesar de não ter pelouro atribuído", porque pretende, como fez até agora, "estar próximo das pessoas que, nos mais diversos domínios, trabalham por um Porto mais progressivo e mais inclusivo".

"Acho muito importante que o poder político esteja próximo destas instituições e, apesar de não ter pelouro atribuído, continuarei a fazer o trabalho de proximidade com as instituições que fiz nestes quatro anos", explicou o socialista.

Pizarro acompanhou esta manhã a ação de solidariedade promovida por 120 colaboradores da empresa Keller Williams no Centro António Cândido, de acolhimento de 49 crianças e jovens, algumas com deficiência.

Questionado pelos jornalistas sobre se há trabalho a fazer na área da Coesão, Pizarro notou tratar-se de um "tema de campanha eleitoral".

"Em campanha, enquanto candidato socialista, apresentarei as minhas ideias nesse domínio", afirmou.

"Vim aqui enaltecer o que me parece uma combinação muito feliz entre economia e solidariedade", frisou, rejeitando "falar de política".

Quanto à associação entre privados e o Estado na área social, Pizarro assegurou tê-la promovido, na Câmara do Porto, "com a institucionalização e valorização da rede social".

Pizarro explicou que a rede "agrega o conjunto de instituições que fazem solidariedade social no Porto" e tem tido, por parte das empresas, "uma disponibilidade cada vez maior para participar".

O vereador revelou que a partir da próxima semana regressa ao trabalho no Hospital de São João, no Porto, para que "o Serviço Nacional de Saúde possa contar com mais um médico".

Apesar de Pizarro ter recusado tratar-se de uma iniciativa de campanha eleitoral, a divulgação da ação de solidariedade da empresa dava conta da "presença do candidato à Câmara Municipal do Porto, Manuel Pizarro", bem como da "diretora Regional da Divisão Norte da Segurança Social".

Os socialistas Manuel Pizarro e Manuel Correia Fernandes devolveram na segunda-feira, os pelouros que detinham na Câmara do Porto (Habitação e Ação Social e Urbanismo, respetivamente).

O presidente da Câmara assumiu o pelouro da Habitação e Ação Social e atribuiu o do Urbanismo a Rui Loza, independente que até agora não tinha pelouro.

No sábado, o PS/Porto anunciou que Manuel Pizarro é o candidato socialista à Câmara do Porto.

Numa intervenção na Convenção Nacional Autárquica do PS, Pizarro disse que "há convites que, feitos num determinado tempo e num determinado modo, não podem ser aceites", já que "tornariam mais pequeno" quem o fizesse.

A decisão do PS de avançar com um candidato próprio à Câmara do Porto surgiu um dia após a Comissão Política do movimento independente de Rui Moreira ter alertado que, "nas condições atuais, não aceita o apoio do PS", recusando "condicionalismos, porque isso coloca em causa a independência da candidatura".

Em entrevista à SIC, Rui Moreira afirmou na sexta-feira à noite que pretendia contar com o socialista Manuel Pizarro na sua lista de recandidatura mas nunca numa segunda posição, contando com Pizarro "pela competência, pelo seu desempenho, não por ser dirigente ou militante socialista".

O autarca criticou os socialistas por, pela voz da sua secretária-geral-adjunta, terem tentado "fazer crer que há uma coligação informal" entre o PS e o movimento independente que o apoia.

ACG // JGJ

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