Associação de Viseu arranja padrinhos para sem-abrigo e crianças carenciadas

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Porto Canal / Agências

Viseu, 03 dez (Lusa) - Uma associação de solidariedade do concelho de Viseu está a tentar arranjar padrinhos para crianças carenciadas e sem-abrigo, para que todos possam receber brinquedos e roupas no Natal.

"O objetivo é recolher brinquedos para as crianças de famílias com dificuldades e roupas para os sem-abrigo de Viseu. Os interessados em apadrinhar deverão entrar em contacto connosco até 14 de dezembro", disse Diana Costeira, diretora do Departamento de Valorização da Vida da Associação Social, Cultural e Espiritualista de Viseu.

De acordo com a dirigente, os interessados em contribuir terão a oportunidade de conhecer os afilhados, no dia da festa de natal da associação, a 21 de dezembro.

"A campanha está no início, mas logo no primeiro dia conseguimos padrinhos para 11 crianças. Atualmente, estão inscritos 24", referiu.

Diana Costeira disse que precisam de padrinhos cerca de 50 sem-abrigo e 53 crianças de 90 famílias carenciadas.

"É a primeira vez que levamos a cabo uma campanha deste género, mas, para já, está a correr bem. Já temos padrinhos que se ofereceram para ajudar mensalmente o afilhado, com roupas e bens", disse.

A dirigente realçou que esta é apenas uma de muitas iniciativas que a instituição desenvolve.

"Temos no terreno a Caravana Rainha Santa que apoia, ao longo do ano, várias famílias carenciadas, com o apoio do Banco Alimentar. Possuímos ainda várias oficinas, nomeadamente a de corte e costura Tia Alcina, a das artes Mestre José Loureiro, de atividades domésticas Fada do Lar e a Trouxinha da Teresa", revelou.

A par destas oficinas, estão no terreno a sala de estudo Maria Teresa Magalhães e a sala de alfabetização Idalina Magalhães.

"As crianças têm um espaço onde fazem os trabalhos escolares e recebem explicações, mas também os adultos têm a possibilidade de aprender a ler e a escrever. Atualmente, temos duas senhoras: uma de 32 e outra com perto de 50 anos", apontou.

A associação, que nasceu em 1977, tem em curso o "Roteiro do Conhecimento", que este ano desenvolveu um ciclo de conferências na área da gestão e da saúde.

"Muitas pessoas desconhecem o trabalho que desenvolvemos, todo ele construído na base dos voluntários, sem contar com qualquer tipo de apoio financeiro estatal", esclareceu.

Para Diana Costeira, o contributo dos voluntários tem sido fundamental para levar a cabo uma obra social, assente na Caravana Francisco de Assis.

"Um domingo por mês, os voluntários saem à rua para fazer um peditório de bens alimentares e também de roupas. É assim que vamos conseguindo dar resposta a cerca de 90 famílias", sustentou.

Aos fins de semana, os mesmos voluntários apoiam 50 sem-abrigo de Viseu.

"Dois deles estão a receber acompanhamento diário, pois estão a fazer desintoxicação de álcool e, recentemente, já foram alojados numa casa que um particular cedeu", informou.

A casa precisa de ajustamentos para depois acolher um gabinete de serviço social e um gabinete de enfermagem, mas para já "é melhor do que viver num carro, enquanto não chega o edifício prometido pela Câmara de Viseu".

Numa outra casa funciona um centro de acolhimento a vítimas de violência doméstica, através de um protocolo com a Casa do Povo de Abraveses.

Diana Costeira revelou que o grande projeto de futuro da associação passa pela construção de uma casa-abrigo para jovens grávidas e vítimas de violência doméstica, a que vão dar o nome de Centro de Acolhimento S. João de Brito.

"Estamos a juntar verbas para que este sonho se concretize. Estima-se que venha a custar entre 1,5 a 2 milhões de euros", concluiu.

CMM // SSS

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