ONU lança novo apelo à ajuda para vítimas do tufão nas Filipinas
Porto Canal / Agências
Manila, Filipinas, 03 dez (Lusa) - O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) lançou um novo apelo à ajuda de emergência para os sobreviventes do tufão Haiyan, que devastou as Filipinas em novembro, deixando 7.500 mortos e desaparecidos.
O gabinete do ACNUR indicou que agora necessita de 19,2 milhões de dólares (14,2 milhões de euros) para tratar de "questões de proteção primária" das comunidades afetadas, ou seja, mais do dobro dos 8,3 milhões de dólares (6,1 milhões de euros) angariados até ao momento.
"Quase um mês depois do tufão, os seus efeitos não mostram sinais de diminuir", disse Bernard Kerblat, representante do ACNUR nas Filipinas.
O mesmo responsável salientou que, "hoje, mais do nunca, a proteção e assistência humanitária é necessária para garantir que as consequências deste devastador tufão não tirem mais vidas".
Milhares de famílias filipinas continuam deslocadas, estimando-se que 5.000 pessoas estejam a fugir diariamente das ilhas centrais de Leyte e Samar para as principais cidades de Manila e Cebu, referiu num comunicado.
O tufão Haiyan, um dos mais fortes na história das Filipinas, causou, de acordo com o balanço mais recente, 5.680 mortos, aos quais se somam 1.779 desaparecidos.
Dezenas de cidades foram destruídas pela força do tufão que deixou mais de quatro milhões de sobreviventes a precisarem de ajuda de emergência, incluindo 125 mil que permanecem em centros de abrigo, segundo dados facultados hoje pelo Centro Nacional de Redução e Gestão de Desastres das Filipinas.
O novo apelo à ajuda, lançado esta segunda-feira, pela agência da ONU visa a distribuição de mais suprimentos essenciais para a sobrevivência, como tendas ou lanternas.
A ONU anunciou, na semana passada, que, em breve, vai aumentar a verba do apelo global, que é atualmente de 348 milhões de dólares (257 milhões de euros), dos quais cerca de metade foram angariados.
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