Porto, 03 dez (Lusa) - A Assembleia Municipal do Porto aprovou, por larga maioria, a proposta de "contrato de fornecimento de combustíveis rodoviários para frota automóvel municipal" no valor de quatro milhões de euros, por um período de três anos.

A proposta recebeu os votos favoráveis do PSD, PS e do grupo municipal afeto ao presidente da Câmara Rui Moreira, tendo a CDU e o Bloco de Esquerda (BE) decidido absterem-se.

A câmara referiu nomeadamente que "o atual contrato termina em 14 de abril de 2014", mas o BE não foi sensível a esse argumento, sustentando ser contra "assumir compromissos financeiros antes de ser aprovado o orçamento" para o próximo ano.

"Achamos que este executivo deve acabar com práticas anteriores", completou o deputado bloquista José Castro.

Ressalvou, contudo, que o BE não quer ver a frota automóvel municipal sem combustível para o seu normal funcionamento.

O socialista Fernando Moreira aproveitou o ensejo e preconizou "uma nova filosofia de atuação" do executivo municipal nesta área, favorecendo "soluções mais amigas do ambiente".

Fernando Moreira disse que os serviços municipais devem assumir "um papel de exemplaridade" a nível local e mesmo nacional no que toca às questões ambientais e às emissões de CO2.

"Subscrevo o que disse aqui o deputado do BE", realçou Luís Artur Pereira, do PSD, questionando, por outro lado, aspetos relacionados com o concurso para este contrato de fornecimento de combustível e com a seleção da proposta vencedora, que "peca por défice na sua justificação".

Numa sessão em que o presidente da Câmara, Rui Moreira, esteve ausente e que já contou com a vice-presidente da Assembleia, a socialista Ana Paula Vitorino, a ordem de trabalhos restante serviu para várias eleições.

Foram eleitos, com 40 votos favor e três bancos, "cinco cidadãos de reconhecida idoneidade para integrar o Conselho Municipal de Segurança, indicados, cada um deles, pelos grupos municipais da assembleia.

Os cinco eleitos são o deputado municipal Artur Ribeiro, pela CDU, o diretor de uma conhecida empresa do setor Eduardo Oliveira Soares, pelo PSD, o antigo deputado municipal centrista Manuel Maio, pelo grupo afeto a Rui Moreira, o advogado Marco Oliva, pelo PS, e o professor de Estatística Pedro Oliveira, pelo BE.

AYM // DM.

Lusa/fim