Guarda, 02 dez (Lusa) - O Comando Territorial da GNR da Guarda tem 20 elementos especialistas na área de policiamento de proximidade, que estão diariamente em contacto com a população mais vulnerável, disse hoje à agência Lusa fonte da instituição.

Segundo o tenente-coronel Cunha Rasteiro, relações públicas do Comando Territorial da GNR da Guarda, a instituição possui 20 militares, dispersos pelos vários Destacamentos Territoriais, "que se preocupam só com estas questões do policiamento de proximidade" nos 14 concelhos do distrito.

Os "elementos especialistas" em policiamento de proximidade lançam campanhas de sensibilização e sinalizam "situações sociais que vão acontecendo e que, muitas vezes, passam despercebidas às entidades com competência nessa matéria", disse hoje o responsável à Lusa, à margem de um seminário sobre "Policiamento de proximidade: a realidade do interior", realizado no âmbito das comemorações do 5.º aniversário do Comando Territorial.

Com a ação desenvolvida pelos militares, a GNR tem vindo "aos poucos e poucos" a "ganhar a confiança dessas populações mais vulneráveis", ao ponto de, em muitas situações, os militares serem chamados a acompanhar os idosos quando vão receber as suas reformas, reconheceu Cunha Rasteiro.

A GNR "tem que estar próxima das pessoas e essa proximidade só se consegue ganhando, no dia-a-dia, a confiança do cidadão", referiu, salientando que a presença dos militares "é fundamental".

No entanto, o responsável considera que ainda há um grande trabalho a fazer, porque ainda existem "alguns números que são preocupantes em termos de burlas e de situações em que as pessoas são vítimas de agressões".

"Cada vez as aldeias estão mais despovoadas, há muita gente a viver isolada e sozinha e a GNR tem que ir ao encontro dessa realidade", referiu.

O major Magro Copeto, da GNR de Évora, que fez uma intervenção sobre "policiamento de proximidade: um desafio local" disse à Lusa que o policiamento de proximidade "é cada vez mais importante".

"A GNR tem de olhar para a realidade que existe localmente e depois encontrar a resposta aos problemas que encontra. O policiamento de proximidade consegue fazer essa resposta aos problemas que as pessoas sentem", defendeu.

Na opinião de Magro Copeto, "sempre que há um problema com que as pessoas se deparam, há resposta no policiamento de proximidade", referindo que a GNR possui boas práticas que são reconhecidas nacional e internacionalmente.

Deu o exemplo da operação Censos Sénior, iniciada em 2011, que permitiu à GNR "recolher um conjunto de informações de que mais nenhuma instituição dispõe" e isso "é muito gratificante".

As comemorações do 5.º aniversário do Comando Territorial da GNR da Guarda integram, para além do seminário realizado durante a manhã de hoje na Sala António de Almeida Santos, no edifício da Câmara Municipal, uma cerimónia militar, pelas 14:30, nas instalações do comando da unidade.

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