Portugal tem de emitir mais dívida a médio e longo prazo para concluir regresso aos mercados - Carlos Costa
Porto Canal / Agências
Lisboa, 04 jun (Lusa) - Portugal tem de fazer mais emissões de dívida pública a médio e longo prazo, antes de terminar o programa da 'troika', para poder dizer que regressou em pleno aos mercados de dívida, considera o governador do Banco de Portugal.
Carlos Costa foi instado pelo deputado do Bloco de Esquerda Pedro Filipe Soares a explicitar as suas próprias afirmações, na audição parlamentar que hoje decorre, de que uma das condições para aceder ao programa de compra de dívida pública no mercado secundário do Banco Central Europeu "é o regresso aos mercados em toda a curva, não um regresso fortuito, mas contínuo".
Este regresso contínuo e não fortuito, explicou o governador, significa que a reconstrução da curva de rendimentos "tem de ser depois pontuada por outras emissões".
"Tem de ser feita antes de estarmos totalmente dependentes do mercado para nos financiarmos, ainda enquanto estamos no programa" de assistência económica e financeira, disse ainda.
Estas declarações surgem após o Governo garantir que regressou com sucesso ao mercado, na sequência do que considerou serem dois leilões bem-sucedidos, um de dívida a cinco anos e outro a dez anos.
"Para estar no mercado temos que ter o sentimento e conforto de que o mercado olha para a nossa curva de rendimentos e para a nossa curva de maturidades com confiança", adiantou.
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