Trabalhadores dos Estaleiros de Viana acusam administração de "show-off"

| Norte
Porto Canal / Agências

Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) alertaram hoje que, uma semana depois da chegada de 1.500 toneladas de aço à empresa, a construção dos dois navios para a Venezuela ainda não arrancou.

"Lamentamos e repudiamos o show-off que foi dado com a chegada do aço. O presidente do conselho de administração disse que se ia iniciar o corte do aço e até agora isso não aconteceu", afirmou hoje António Costa, porta-voz da comissão de trabalhadores dos ENVC.

O aço que chegou a 27 de maio à empresa custou 890 mil euros e representa apenas 15% da matéria-prima necessária à construção dos dois navios, de 188 metros e que se destinam a transportar asfalto a cerca de 200 graus centígrados.

Na ocasião, em declarações aos jornalistas, o presidente do conselho de administração dos estaleiros, Jorge Camões, disse que a construção dos dois navios, encomendados em 2010 pela empresa de petróleos da Venezuela por 128 milhões de euros, iria finalmente arrancar.

"Até hoje não se iniciou o corte do aço. Estamos à espera de que realmente essas afirmações do senhor presidente sejam uma realidade, para que de uma vez por todas se ponha esta empresa a trabalhar", disse, por seu turno, António Costa, admitindo a "ansiedade" de regressar ao trabalho vivida nos estaleiros.

A justificação para o facto de a empresa "continuar parada", explicou, reside na "falta de componentes de metalomecânica pesada", que "ainda não chegaram".

"Queremos trabalhar, mas é preciso criar as condições para se poder trabalhar. Neste momento as condições ainda não estão cridas", assegurou o porta-voz dos 620 trabalhadores dos ENVC.

"Continuamos parados porque é uma opção política", afirmou ainda.

António Costa falava aos jornalistas após uma reunião geral de trabalhadores, realizada hoje na empresa, precisamente no dia em que os ENVC assinalaram o 69.º aniversário, o qual poderá ser o último tendo em conta o anúncio de encerramento, face à investigação lançada por Bruxelas às ajudas públicas que foram concedidas desde 2006.

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