Tourada polémica em Santa Maria da Feira adiada para 14 de maio

Tourada polémica em Santa Maria da Feira adiada para 14 de maio
| País
Porto Canal com Lusa

A tourada que estava anunciada para segunda-feira em Santa Maria da Feira, embora não autorizada pela autarquia e criticada pelo Bloco de Esquerda (BE), foi adiada para 14 de maio, anunciou o seu promotor privado.

Em causa está o evento que a empresa Suprema Rotação se propunha realizar numa praça de touros amovível instalada em terrenos privados da freguesia de Lourosa. A iniciativa não obteve o devido licenciamento da Câmara Municipal da Feira, mas, apesar disso, os organizadores continuaram a publicitá-la e a vender os respetivos bilhetes, pelo que a coordenação local do BE convocou uma manifestação de protesto também para o feriado.

Em comunicado a que a Lusa teve hoje acesso, a promotora do evento adia a corrida de touros para 14 de maio e explica: "O adiamento é uma consequência de problemas de licenciamento levantados pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira sobre a montagem da praça e serão resolvidos no local jurídico adequado".

A empresa acredita que a via judicial lhe conferirá autorização para avançar com a iniciativa porque "os municípios não têm qualquer poder ou autoridade sobre a realização de corridas de touros, sendo ilegal qualquer tentativa de proibição ou impedimento desta atividade cultural, definida pelo Estado como parte integrante do património cultural português".

O comunicado realça, por isso, que "o Estado está constitucionalmente obrigado a promover a cultura e o acesso de todos os cidadãos à mesma".

Contactado pela Lusa, o presidente da autarquia, Emídio Sousa, recorda as razões pelas quais o evento não foi licenciado: "Sou contra a realização deste tipo de espetáculo no concelho de Santa Maria da Feira, porque não temos nenhuma tradição de touradas e isso não integra a nossa cultura. Como tal, a Câmara não autorizou a tourada nem vai autorizar qualquer outra que pretendam realizar aqui, pelo menos durante a minha gestão".

O autarca reconhece, contudo, que a empresa Suprema Rotação poderá recorrer judicialmente da decisão da Câmara e ver concretizado o seu objetivo, que não está proibido pela legislação nacional. "Se o tribunal autorizar a tourada, aí já não podemos fazer nada - nesse caso a decisão é superior e teremos que a acatar", declara.

Já para o Bloco de Esquerda, qualquer tourada será sempre encarada como "um evento bárbaro e vergonhoso, que, baseado na tortura de animais, incita ao ódio e à violência, e não tem lugar no século XXI nem no concelho de Santa Maria da Feira".

A coordenação local do partido marcou, por isso, uma manifestação antitourada junto à praça tauromáquica instalada em Lourosa, apelando para o efeito à participação de "todos aqueles que, independentemente da sua cor partidária, se opõem a atos de violência contra os animais".

O protesto esteve marcado para segunda-feira, mas, na sequência do adiamento da tourada, também ele foi já reprogramado para o dia 14 de maio.

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