Pharol reduz prejuízos para 75 milhões de euros em 2016

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 28 abr (Lusa) - A Pharol, acionista maioritária da Oi, reduziu em 2016 os prejuízos para 75,1 milhões de euros, face aos 693,9 milhões de euros de perdas em 2015, segundo o relatório e contas consolidadas de 2016 da empresa.

Divulgado hoje na Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVBM), o relatório da Pharol, liderada por Luís Palha da Silva, justifica os prejuízos com uma perda de 48,7 milhões de euros, devido à redução do valor expectável de recuperação do instrumento de dívida Rio Forte, e uma perda líquida de 4,9 milhões de euros relativos à desvalorização da opção de compra sobre ações da Oi.

A estes fatores juntam-se ainda os custos operacionais consolidados de 7,0 milhões de euros e a perda líquida de 13,2 milhões de euros decorrente da imparidade registada sobre o investimento da Oi e da apropriação dos resultados da Oi incluindo os respetivos ajustamentos efetuados.

A empresa adianta ainda no relatório que, "em 31 de dezembro de 2016, a estimativa de recuperação dos instrumentos de dívida emitidos pela Rio Forte é de 9,56% do seu valor nominal".

"No que diz respeito à Rio Forte, a Pharol não pode deixar de mostrar-se insatisfeita com o ritmo a que se tem desenrolado o processo de falência e irá envidar esforços suplementares para obter resultados mais concretos em prazos razoáveis", diz Palha da Siva, citado no documento.

Os custos operacionais consolidados caíram para 7,0 milhões de euros em 2016, face aos 16,2 milhões de euros em 2015, devido à elevada redução de serviços de terceiros relacionados com consultoria e assessoria legal, custos menores com pessoal e impostos indiretos também menores.

"Durante o ano de 2017, prosseguirão os esforços de contenção de custos da Pharol, procurando-se, uma vez mais, forte redução", sublinha o presidente da Pharol.

A Pharol tinha, no final de 2016, como principais ativos 27,2% do capital social total da Oi, correspondente a 183.662.204 ações ordinárias da operadora de telecomunicações brasileira, além dos instrumentos de dívida da Rio Forte com um valor nominal de 897 milhões de euros e da opção de compra sobre 42.691.385 ações ordinárias e 85.382.770 ações preferenciais da Oi.

Palha da Silva constata ainda que "a Oi encontra-se numa fase crucial do seu processo de recuperação judicial, havendo uma aparente vontade de todos os seus 'stakeholders' (partes interessadas) de que se chegue a um entendimento no mais breve espaço de tempo".

"Pelo seu lado, a Pharol, como maior acionista da empresa, fará tudo o que estiver ao seu alcance para que, de acordo com o calendário indicado, seja possível realizar a assembleia-geral de credores ainda no 3.º trimestre deste ano", afirma.

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