BPI: Futuro presidente Pablo Forero, do CaixaBank, garante "evolução tranquila" do banco

| Economia
Porto Canal com Lusa

Porto, 26 abr (Lusa) - O futuro presidente executivo do BPI, Pablo Forero, garantiu hoje que o banco terá uma "evolução tranquila" sob a égide do CaixaBank e que está a ser estudada a forma como serão feitos cortes de custos e aumento de receitas.

Na conferência de imprensa que se seguiu à assembleia-geral de hoje do BPI, no Porto, o gestor foi questionado pelos jornalistas sobre o "plano de 100 dias" que o CaixaBank anunciou no início do mês que tinha em marcha para rentabilizar a operação do BPI.

Em resposta, Pablo Forero disse que a equipa do CaixaBank está a estudar o BPI para "identificar oportunidades de sinergias a longo prazo", com o objetivo de otimizar o banco, reduzindo custos e aumentando receitas.

"Não esperam coisas espetaculares, é um processo de muitos pequenos projetos, muitas pequenas ideias sobre o que fazer nos próximos três anos. Vai ser uma evolução tranquila, é um processo contínuo, de trabalho, todos os dias", afirmou.

No prospeto da Oferta Pública de Aquisição (OPA) que lançou sobre o BPI, que acabou bem-sucedida em fevereiro quando passou a controlar 85% do capital social, o CaixaBank previa conseguir sinergias em três anos no valor de 120 milhões de euros, tendo Forero explicado hoje que as orientações são que 35 milhões de euros sejam conseguidos com crescimento de receitas e 85 milhões com poupança de custos.

Questionado especificamente sobre as saídas de trabalhadores do BPI que estão previstas para os próximos três anos, que deverão ascender a 900, e sobre se o banco abrirá já este ano um processo de rescisões, Pablo Forero não adiantou qualquer informação, remetendo mais dados para a conferência de apresentação de resultados do BPI do primeiro trimestre, que decorrerá esta quinta-feira.

Os acionistas do BPI elegeram hoje com 99,77% de votos a favor a nova administração do banco com Pablo Forero como presidente executivo, que sucederá à de Fernando Ulrich, agora que o banco é controlado pelo espanhol CaixaBank, após a OPA de fevereiro.

A assembleia-geral do BPI decorreu no Porto sem surpresas, tal como era esperado face ao facto de o CaixaBank ter 84,51% e a seguradora Allianz 8,27%, estando o restante capital disperso.

O Conselho de Administração hoje eleito tem Fernando Ulrich como presidente não executivo ('chairman'), que passa para um lugar mais de aconselhamento e menos executivo, sendo o vice-presidente e presidente da Comissão Executiva o espanhol Pablo Forero.

Natural de Madrid, onde nasceu há 61 anos, Forero é casado e tem quatro filhos, estando já familiarizado com o BPI, uma vez que faz parte do Conselho de Administração do banco desde outubro passado e vive em Lisboa já há alguns meses a preparar a transição de administração.

Integrará ainda o Conselho de Administração António Lobo Xavier, como vice-presidente, sendo os restantes membros 16 vogais: Alexandre Lucena e Vale, António Farinha de Morais, Cristina Rios Amorim (do Grupo Amorim), Francisco Barbeira, Gonzalo Rotaeche, Ignacio Alvarez-Rendueles, João Oliveira e Costa, José Pena do Amaral, Javier Riera, Juan Alcaraz, Juan Fuertes, Lluís Pi, Pedro Barreto, Tomas Jervell, Vicente Barutel, e ainda um representante da Allianz.

A reunião magna de hoje elegeu também a mesa da assembleia-geral e o conselho fiscal (ambos por unanimidade) e, também por unanimidade, foram aprovadas as contas de 2016, ano em que o BPI teve lucros de 313,2 milhões de euros (mais 32,5% do que em 2015).

IM/PD // CSJ

Lusa/fim

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