BE denuncia a existência de 30 escolas de jardim-de-infância e primeiro ciclo com coberturas de amianto em Gaia
Porto Canal
O Bloco de Esquerda denunciou hoje a existência de 30 escolas de jardim-de-infância e primeiro ciclo em Gaia com coberturas em amianto que representam “um perigo grave para a saúde” e demonstram a “irresponsabilidade da câmara municipal”.
“É um problema bastante grave do ponto de vista da saúde porque são coberturas já instaladas há bastantes anos, já mostram sinais de degradação e portanto já ocorre libertação de fibras de amianto o que representa um perigo grave para a saúde daquelas pessoas que estão sujeitas a uma exposição prolongada a estes ambientes, nomeadamente professores, funcionários e os próprios alunos”, disse à Lusa Eduardo Pereira, candidato do BE à câmara de Gaia.
O bloquista falava durante uma ação de esclarecimento e alerta que decorreu na Escola Básica das Devesas, uma das “30 [escolas de ensino básico] que existem em Gaia com o problema de cobertura em fibrocimento, material rico em amianto” e cuja manutenção “é da responsabilidade da câmara municipal”.
Eduardo Pereira recordou que o Bloco de Esquerda “já desde 2007 que alerta a câmara municipal para a necessidade de resolver esta questão”.
“Em 2007 a câmara anunciou que em 2008 faria uma empreitada para resolver este problema, depois seria em 2009, enfim, o que é certo é que chegamos a 2013 e nada foi feito, continuam estas 30 escolas a existir em Gaia com este problema que parece-nos uma irresponsabilidade da câmara municipal”, acrescentou.
Para o candidato “a câmara municipal brinca com uma coisa muito séria que é brincar com a saúde dos utentes, dos alunos e funcionários, docentes e não docentes destas 30 escolas”.
Contou ainda que naquele concelho “existem escolas do segundo e terceiro ciclo e escolas secundárias que também têm esse problema” de coberturas com amianto, sendo este um problema que, do ponto de vista da administração central, “vai sendo melhorado a conta-gotas e do ponto de vista da administração local – aqui em Gaia – não há nenhuma iniciativa e o problema arrasta-se”.
Num comunicado distribuído pelos encarregados de educação, o BE considera que "o final do ano letivo a aproximar-se, esta seria a ocasião ideal para proceder à remoção destes materiais, aproveitando as férias escolares".