Síria: Gás sarin usado em Khan Cheikhoun tem "assinatura" de Damasco
Porto Canal com Lusa
Paris, 26 abr (Lusa) - O ataque com gás sarin contra a localidade síria de Khan Cheikhoun, que no início de abril fez 87 mortos, tem "a assinatura" do regime de Bashar al-Assad, acusa hoje um relatório dos serviços de informação franceses.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de França, Jean-Marc Ayrault, disse hoje que Paris sabe, "de fontes seguras", que "o processo de fabrico do gás sarin que foi usado é típico do método desenvolvido em laboratórios sírios".
"Este método tem a assinatura do regime e isso permite-nos estabelecer a responsabilidade neste ataque", disse o chefe da diplomacia francesa, após uma reunião do Conselho de Defesa no palácio do Eliseu, com a presença do Presidente de França, François Hollande.
"Face ao horror deste ataque e às violações repetidas pela Síria dos seus compromissos de não usar armas proibidas pela comunidade internacional, a França decidiu partilhar com os seus parceiros e com a opinião pública mundial as informações de que dispõe", afirmou Jean-Marc Ayrault.
Segundo o relatório dos serviços secretos, os investigadores concluíram "com certeza" que o químico usado no ataque foi gás sarin e que este tem a marca do fabrico do regime sírio.
O ataque, perpetrado a 04 de abril contra a localidade de Khan Cheikhoun, numa zona controlada pelos rebeldes, fez 87 mortos, entre os quais 31 crianças, e motivou represálias norte-americanas, a 07 de abril, contra uma base aérea do regime.
Damasco sempre negou a sua implicação no ataque e afirmou tratar-se de "uma fabricação a 100%".
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