The Fladgate Partnership lança este ano três Vinhos do Porto Vintage de 2015

| Economia
Porto Canal com Lusa

Porto, 23 abr (Lusa) -- A The Fladgate Partnership lança este ano três vinhos do Porto Vintage de 2015, estando a preparar-se para engarrafar 10 mil unidades que chegam ao mercado nacional a partir de outubro, anunciou hoje a empresa.

"A vindima de 2015 foi boa. Foi um ano em que os vinhos tinham grande elegância, muitos frutos silvestres, mas a sua densidade não é a do Vintage clássico", explicou Adrian Bridge, diretor-geral da empresa detentora das caves Taylor's, Croft, Fonseca e Krohn.

Não sendo uma categoria que nasce com o vinho do Porto, a classificação Vintage é decidida pela The Fladgate Partnership dois anos depois de o produto estar em tonel, um dos quais ainda no Douro e outro nas caves situadas em Gaia.

É em abril que os lotes de vinho do Porto preparados na vindima feita dois anos antes são sujeitos a uma prova onde é decidido se se trata de um Vintage Clássico, um Vintage Quinta ou um não Vintage, explicou David Guimaraens, enólogo da The Fladgate.

E enquanto um Vintage Clássico é um vinho com "estrutura e densidade", "maior intensidade" e permite uma "maior longevidade", um Vintage Quinta apresenta uma "complexidade aromática" e desenvolve-se "mais rapidamente", acrescentou.

"Um Vintage é a consequência da qualidade do ano", assinalou o responsável, numa sessão para jornalistas, durante a qual também o diretor de viticultura da empresa António Magalhães explicou que "a influência do clima não é decisiva".

A produção de 2015 de vinho do Porto da The Fladgate Partnership permitiu agora lançar três Vintages -- Taylor's Quinta de Vargellas, Croft Quinta da Roêda e Fonseca Guimaraens -- cujo anúncio é feito hoje por ser Dia de São Jorge, padroeiro de Inglaterra, uma tradição criada pela casa há vários anos.

Os três vinhos começarão a ser engarrafados em julho, chegando ao mercado nacional em outubro e ao inglês, que ocupa o primeiro lugar no mercado de exportação, em novembro.

Portugal é o segundo mercado a nível mundial no consumo do produto, sendo com alguma surpresa que o diretor-geral da The Fladgate diz não entender "porque os portugueses não bebem mais vinho do Porto".

A solução passa por, referiu, uma maior promoção dos produtos pelas próprias marcas e até pelo canal HORECA (hotelaria, restauração, cafetaria) que, sugeriu, poderia até divulgar a abertura de um vinho Vintage para consumo em três dias. Isto porque, explicou, para poder ser devidamente apreciado, um vinho do Porto com esta classificação deve ser consumido no prazo máximo de uma semana depois de aberto.

O primeiro vinho Vintage da empresa foi o Croft de 1781 e dos últimos 45 anos de produção, 33 foram Vintage Clássico ou Vintage Quinta.

Segundo dados apresentados pelo especialista António Magalhães, três em cada 10 vindimas produziram, nesse período, um Clássico e apenas um quarto das vindimas não teve classificação Vintage.

Com um volume de vendas de 102 milhões de euros em 2016, a The Fladgate Partnership atingiu os "quatro a cinco milhões de euros" em vendas de vinhos Vintage, um valor que sobe em ano em que esta classificação é lançada, referiu Adrian Bridge.

No total, o setor do vinho do Porto atingiu em 2016 vendas no valor de 377 milhões de euros, o que corresponde a 8,5 milhões de caixas de produto, sendo que dessas, as vendas de Vintage tiveram um peso de 3,1%.

LIL // MSP

Lusa/Fim

+ notícias: Economia

Bruxelas elogia cortes "permanentes de despesa" anunciados pelo Governo

A Comissão Europeia saudou hoje o facto de as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro se basearem em "reduções permanentes de despesa" e destacou a importância de existir um "forte compromisso" do Governo na concretização do programa de ajustamento.

Bruxelas promete trabalhar "intensamente" para conluir 7.ª avaliação

Bruxelas, 06 mai (Lusa) -- A Comissão Europeia está empenhada em trabalhar "intensamente" para terminar a sétima avaliação à aplicação do programa de resgate português antes das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin da próxima semana, mas não se compromete com uma data.

Euribor sobe a três meses e mantém-se no prazo de seis meses

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- A Euribor subiu hoje a três meses, manteve-se inalterada a seis meses e desceu a nove e 12 meses, face aos valores fixados na sexta-feira.