PR de Moçambique anuncia consensos e maior "confiança mútua" nas negociações com a Renamo

| Economia
Porto Canal com Lusa

Maputo, 21 abr (Lusa) - O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, anunciou que estão ser "alcançados consensos" e que há uma maior "confiança mútua" nas negociações com o líder da oposição, Afonso Dhlakama com vista à pacificação do país.

"Tenho estado a falar com o Presidente da Renamo e graças a esses contactos temos conseguido consensos e elevado a confiança mútua", disse o chefe de Estado, durante um comício realizado em Macaneta, 30 quilómetros a norte de Maputo, na quinta-feira.

Segundo referiu, os contactos têm sido feitos ao mesmo tempo que avançam os trabalhos de duas comissões em que participam o Governo e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição.

Uma comissão discute a descentralização do país e a outra é dedicada a assuntos militares.

"Tudo farei para que a paz seja efetiva, dentro dos parâmetros da lei", declarou Filipe Nyusi.

O Presidente moçambicano advertiu ainda para figuras que podem estar interessadas em interferir no processo de paz, sem dizer a quem se referia.

O chefe de Estado disse que tanto ele como Dhlakama recusam mediadores informais e pediu a quem tenha algo a dizer, que dê a cara.

As declarações de Filipe Nyusi surgem um dia depois de Afonso Dhlakama ter dito que a "guerra está no fim".

O líder da Renamo falava numa teleconferência a partir das matas da Gorongosa, onde diz ter criado o seu refúgio, e em que falou com jornalistas e membros da Renamo, no Chimoio, também no centro no país.

"Tenho mantido contactos com o meu irmão Filipe Nyusi para ver se encontramos uma saída para a paz efetiva porque não queremos ver mais sangue" derramado, referiu.

As declarações surgem a duas semanas do fim da atual trégua e criam a expetativa de que a paz se possa tornar permanente.

A paz em Moçambique tem estado sob permanente ameaça nos últimos anos, devido a clivagens entre a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, e a Renamo.

Entre 2013 e finais de 2016, o país foi assolado por ações de violência opondo as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e o braço armado da Renamo, no âmbito da contestação do processo eleitoral de 2014 pelo principal partido da oposição.

LFO // VM

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