Vice-presidente da CE "optimista" quanto à situação financeira em Portugal
Porto Canal / Agências
Lisboa, 28 nov (Lusa) - O Vice-presidente da Comissão Europeia (CE), António Tajani, manifestou-se hoje otimista quanto ao cumprimento do Programa de Ajustamento em Portugal, considerando que a situação atual está "muito melhor" que há um ano.
"A Europa não é só sacrifícios, não é só 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), a União Europeia também é solidariedade e estamos aqui porque queremos trabalhar todos juntos contra a crise. Estou otimista, a situação hoje em dia em Portugal é muito melhor que há um ano", afirmou o Vice-presidente da CE, em conferência de imprensa conjunta com Paulo Portas, em Lisboa.
António Tajani, que esta tarde participou na abertura da conferência Estratégia para o Crescimento Europa 2020, juntamente com o Vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, alertou para a importância da cooperação entre as instituições portuguesas e europeias.
"É importante trabalharmos todos em conjunto. Estamos aqui porque queremos fortalecer a economia portuguesa. Estou aqui com pequenas e médias empresas (PME) da Europa, da China, do Brasil, dos Estados Unidos, todos para reforçarmos em conjunto a economia portuguesa", disse Tajani.
Acentuando que "a crise não é o mais importante", António Tajani, reforçou que "A Europa também é solidariedade" e, nessa medida, deve reforçar-se a cooperação.
Sobre a possibilidade de Portugal necessitar de um programa cautelar no pós-troika, ao contrário da decisão da Irlanda, que prescindiu desta possibilidade, Tajani referiu que "não cabe à Comissão Europeia decidir qual é a solução para Portugal"
"Há uma solução para cada país e será uma decisão nacional", declarou.
Sobre o eventual chumbo do Tribunal Constitucional (TC) ao regime de convergência de pensões, o Vice-presidente da CE salientou que "o Tribunal Constitucional é uma instituição portuguesa, é uma instituição livre".
No entanto, "penso que é importante que as instituições portuguesas e europeias trabalhem em conjunto contra a crise atual e é importante cooperarmos, a crise não é o mais importante", rematou o responsável europeu.
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