Oposição apela à repetição da "mãe das marchas" hoje

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Porto Canal com Lusa

Caracas, 20 abr (Lusa) - A aliança opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) apelou aos venezuelanos para continuarem com os protestos pacíficos nas ruas e repetirem hoje a marcha realizada na quarta-feira, popularmente chamada de a "mãe das marchas".

"A resistência pacífica manter-se-á nas ruas até que [o Presidente] Nicolás Maduro entenda que deve respeitar a Constituição. O Governo deu um auto golpe e devemos continuar a exercer o nosso direito de protestar", disse o ex-candidato presidencial Henrique Capriles Radonski aos jornalistas.

Segundo aquele responsável, a "mãe das marchas" terá os mesmos pontos de partida e rotas que a anterior manifestação, nos principais Estados do país.

Capriles Radonski condenou a repressão das manifestações e instou os organismos internacionais a "olharem" para a Venezuela.

"Condenamos que pretendam desvirtuar uma luta que é legítima (...) pedimos a todos os organismos internacionais, aos organismos de direito internacionais, que ponham os olhos na Venezuela", disse.

O vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, responsabilizou o presidente do parlamento venezuelano, Júlio Borges, o ex-candidato presidencial Henrique Capriles Radonski e o deputado Freddy Guevara pelos dois assassinatos ocorridos durante as manifestações opositoras de quarta-feira.

Por seu lado, Júlio Borges, anunciou, via Twitter, que devido à intensa repressão dos organismos de segurança do Estado e a acusações do 'chavismo' contra a oposição decidiu suspender uma deslocação ao Peru, prevista para hoje, durante a qual se reuniria com o Presidente Pedro Pablo Kuczynski.

A suspensão tem como objetivo continuar a luta pelo voto e pelas eleições.

Dezenas de milhares de venezuelanos saíram na quarta-feira para as ruas de algumas das principais cidades do país para protestar contra o que dizem ser uma rutura constitucional, e para pedirem o fim da "ditadura" e a realização de eleições livres.

Os manifestantes protestaram ainda por duas recentes sentenças em que o Supremo Tribunal de Justiça concedeu poderes especiais ao chefe de Estado, limitou a imunidade parlamentar e assumiu as funções do parlamento.

FPG//ISG

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