Líder do PSD/Madeira recusa "entrar em guerras" com a liderança nacional

| Política
Porto Canal com Lusa

Funchal, Madeira 19 abr (Lusa) -- O presidente do Governo da Madeira e líder dos sociais-democratas madeirenses, Miguel Albuquerque, afirmou hoje que o PSD "fez um trabalho patriótico" para salvar Portugal, recusando "entrar em "guerras" relacionadas com a liderança do partido.

"O que se passou a nível da intervenção do Governo PSD/CDS foi uma situação de emergência, onde o PSD e o seu líder fizeram um trabalho patriótico que foi salvar Portugal de uma situação caótica de bancarrota", disse Miguel Albuquerque numa entrevista à agência Lusa numa altura em que cumpre dois anos de mandato à frente do executivo da Madeira.

Miguel Albuquerque tomou posse a 20 de abril de 2015, depois de ter vencido as eleições diretas no PSD/Madeira, substituindo no cargo Alberto João Jardim que esteve em funções durante 37 anos.

Segundo o líder madeirense, "o que é fundamental é o PSD apresentar, para além de denunciar esta situação reiterada de se estar a adiar os problemas, apresentar uma estratégia de crescimento".

Questionado sobre a situação da existência de alguma contestação interna à liderança de Pedro Passos Coelho, Miguel Albuquerque respondeu: "Toda a gente fala nisso, mas ainda não vi as alternativas e eu acho que dentro do PSD, se existem as alternativas, devem ser claras, expressas".

No seu entender "essa coisa do rame-rame subterrâneo não adianta nada", argumentando que o partido tem "um líder eleito" e tem eleições autárquicas a 01 de outubro.

O PSD continua a ser "um grande partido nacional, ainda hoje é o maior partido, o mais votado nas últimas eleições", recordou.

Miguel Albuquerque considerou que tendo responsabilidades como líder do executivo da região, a sua postura relativamente ao que se passa no PSD nacional vai manter-se: "Não entro em guerras de liderança".

Sobre a possibilidade de o PSD obter um bom resultado nas próximas eleições autárquicas no país, disse "que tudo é possível".

Falando sobre as eleições autárquicas no arquipélago, referiu que em 2013, o PSD/Madeira "obteve o pior resultado de sempre" e a 01 de outubro tem como objetivo "recuperar a maioria das câmaras e voltar a assumir a liderança da Associação de Municípios" da região.

No último ato eleitoral, os sociais-democratas, depois de anos a governarem os 11 municípios do arquipélago, perderam sete, ficando apenas com maioria em quatro câmaras na zona oeste da ilha da Madeira.

"Temos grande esperança nos nossos candidatos. Apresentamos um leque de pessoas credíveis em todos os concelhos" e que são "pessoas com trabalho feito, íntegras e com grande vocação de serviço público", argumentou.

No caso do Funchal, Miguel Albuquerque salientou que Rubina Leal, a atual secretária regional da Inclusão e Assuntos Sociais madeirense "é a melhor candidata, porque é uma mulher que tem uma grande experiência de gestão dos problemas da cidade".

Rubina Leal foi vereadora quando Albuquerque era presidente do município do Funchal, durante oito anos.

"É uma pessoa com uma grande sensibilidade social, trabalhadora, que cumpre compromissos, que honra os objetivos a que se propõe e que neste momento sabe não só liderar equipas como se afirmar como líder para o futuro da cidade", opinou.

Concluiu que o trabalho que tem desenvolvido na área social "é importante e deve ter reflexos no Funchal, uma vez que os projetos [desenvolvidos pela atual vereação da coligação Mudança (PS, BE, MPT, PTP, PAN, PND) foram um verdadeiro 'flop'"

AMB/DIYA // ZO

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