Junta de Arrifana, na Feira, sem dinheiro para salários dos 12 funcionários

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Porto Canal / Agências

Redação, 28 nov (Lusa) - O presidente eleito da Junta de Arrifana, Santa Maria da Feira, Delfim Silva (PSD), disse hoje que "herdou" a autarquia sem dinheiro para pagar os salários dos 12 funcionários.

Em declarações à Lusa, Delfim Silva anunciou que vai comunicar a situação na sexta-feira aos trabalhadores, já que alguns estavam de férias. Acrescentou que o problema resulta de o anterior executivo, presidido por Dário Matos, também do PSD, ter deixado a Junta apenas com 1.700 euros, entre montantes depositados em bancos e dinheiro em caixa.

"Tenho os ordenados por liquidar do mês de novembro, que totalizam 6.500 euros, fora as despesas correntes como o telefone, a água e a luz, e não estava minimamente à espera de encontrar uma situação destas", disse.

Segundo Delfim Silva, entraram nos cofres da Junta, já depois do processo eleitoral, 13 mil euros, "mas o executivo anterior entendeu utilizar esse dinheiro para pagar a fornecedores e deixou ficar apenas 1.700 euros e sem verba nenhuma para receber no futuro".

Delfim Silva ainda não conseguiu formar o novo executivo, o que o impede de tentar resolver a situação dos 12 trabalhadores da Junta, através de um pedido de antecipação de verbas à Câmara de Santa Maria da Feira.

O presidente de Junta eleito acusa o seu antecessor de ter feito "liquidações sem cabimento orçamental" e diz que a situação - que já comunicou à inspeção, ao Tribunal de Contas e ao procurador da República junto o Tribunal Administrativo - "é demasiado surreal".

Delfim Silva garante que o seu antecessor "nem de longe, nem de perto" o alertou para a situação, apesar de "saber bem que todas as verbas a transferir pelo Estado e pela Câmara já tinham sido efetuadas e não havia rigorosamente mais para receber até ao final do ano".

Lamenta, sobretudo, que não haja dinheiro para pagar aos funcionários: "deviam ter assegurado, pelo menos, o ordenado das pessoas, que é uma ridicularia para cada uma, na ordem do ordenado mínimo nacional e questiono-me que moral é que tenho para consoar, sabendo que aquela gente nem tem dinheiro para comprar o que é que seja? O que vão dar de comer aos filhos? Isto nunca devia acontecer".

As eleições autárquicas deram a vitória ao PSD, que governa a Junta há 28 anos, mas sem maioria, com o PSD a obter os mesmos lugares na assembleia que o PS, cinco, e o PND, Unidos por Arrifana (UPA) e CDS a ficarem com um representante cada. Delfim Silva dispôs-se a "oferecer" dois lugares na Junta à oposição, mas nenhuma das outras forças aceitou.

"Nesta fase, em que ainda existe assembleia de freguesia, convoquei nova reunião para tentar, pelo menos, resolver a cabimentação em orçamento dos ordenados, porque, mesmo que houvesse dinheiro, não poderia pagar porque não foi feita, em devido tempo, uma revisão orçamental", explica.

A Lusa tentou, sem sucesso, contactar o anterior presidente da Junta, Dário Matos, no sentido de obter esclarecimentos sobre a situação.

MSO // JGJ

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