Le Pen propõe moratória de "umas semanas" na imigração

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Porto Canal com Lusa

Paris, 18 abr (Lusa) -- A candidata da extrema-direita às presidenciais francesas, Marine Le Pen, defendeu hoje a sua proposta de decretar uma "moratória à imigração" legal durante "umas semanas" para regular a "chegada em massa" de estrangeiros.

"A imigração em massa no nosso país e a pressão migratória em que vivemos não é um fantasma, é talvez o segredo melhor guardado da globalização", afirmou Le Pen, numa entrevista à rádio francesa RTL.

A candidata referiu que são concedidas 230.000 autorizações de entrada legal por ano em França, "sem contar com os clandestinos, que são legalizados" graças a uma circular do anterior primeiro-ministro Manuel Valls.

"Não se pode continuar com esta situação" porque "a imigração pesa" sobre a França, "não é uma oportunidade, é um drama com sete milhões de desempregados e nove milhões de pobres", acrescentou.

A líder da Frente Nacional referiu que a sua ideia, se for eleita após a segunda volta das presidenciais, a 07 de maio, pretende ativar uma moratória de "umas semanas" para avaliar a situação da imigração e para colocar em prática medidas que permitam reduzir o fluxo de imigrantes para 10.000 por ano.

A candidata precisou que esta moratória não seria aplicada aos vistos turísticos nem aos estudantes.

Le Pen, que caiu nas intenções de voto nas últimas sondagens, está a endurecer o seu discurso nos temas principais da sua campanha, em particular a luta contra a imigração e contra a insegurança.

Assim, referiu que se vencer as eleições vai congelar os fundos da ajuda médica do Estado, que servem para a assistência aos imigrantes ilegais, e canalizar este dinheiro para as forças de segurança.

Segundo uma sondagem divulgada hoje pela Opinion Way, Le Pen conseguirá 22 por cento dos votos na primeira volta, a 23 de abril, a mesma percentagem que o centrista Emmanuel Macron, enquanto o conservador François Fillon terá 21 por cento e o candidato da extrema-esquerda, Jean-Luc Mélenchon, 18 por cento, longe dos oito por cento do socialista Benoit Hamon.

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