Jaques Morelenbaum Cello Samba Trio inicia hoje digressão portuguesa em Lisboa

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Porto Canal com Lusa

Redação, 18 abr (Lusa) - Jaques Morelenbaum Cello Samba Trio atua hoje em Lisboa, primeiro palco de uma digressão que passa por Coimbra e Estarreja, para a apresentação do CD de estreia deste agrupamento, "Saudade do Futuro. Futuro da Saudade".

O violoncelista e compositor Jaques Morelenbaum, em declarações à agência Lusa, disse que o projeto surgiu da sua vontade de escolher e mostrar o seu repertório.

"O Cello Samba Trio surgiu da vontade de ter a minha própria voz. Eu tenho trabalhado, há tantos anos, como diretor musical e arranjador, de tantos artistas que admiro, mas sempre me faltou esse lado de expressar a minha própria voz, as minhas ideias de repertório", disse.

"Todo o instrumentista pensa no seu ofício como um cantor, e cada cantor tem vontade de ter o seu próprio repertório e cantar as coisas com as quais mais se identifica, e foi isso que se passou", acrescentou.

Jaques Morelenbaum, no violoncelo, faz trio com Lula Galvão, no violão, e Márcio Dhiniz, na bateria - músico que toca em Portugal, substituindo Rafael Barata, que, por imposição de agenda, se encontra também na Europa, mas a acompanhar outros artistas. Marcelo Costa foi o baterista do núcleo fundador, e gravou o CD.

O trio - Jaques Morelenbaum Cello Samba Trio - atua hoje, com a participação especial de Adriana Calcanhotto, no TivoliBBVA, em Lisboa.

Na quinta-feira, apresentar-se-á no auditório do Conservatório de Música de Coimbra e, na sexta-feira, no Cine Teatro de Estarreja, na Beira Litoral.

Em Lisboa, a cantora Adriana Calcanhotto vai cantar canções de Tom Jobim, músico que teria completado 90 anos, em janeiro deste ano.

Referindo-se ao projeto Jaques Morelenbaum Cello Samba Trio, o violoncelista disse à Lusa que a inspiração foi o músico João Gilberto.

"João Gilberto é o nosso 'álbum branco', fazendo uma analogia com o álbum branco dos The Beatles. Ele inventou uma maneira de tocar o violão que faz uma síntese muito elegante do samba, uma transposição muito elegante do samba para as cordas do violão", disse.

O repertório que o trio vai apresentar inclui composições do próprio Jaques Morelenbaum, de João Gilberto, Tom Jobim, Caetano Veloso, João Donato, Jacob do Bandolim e Egberto Gismonti.

"É um apanhado das minhas preferências, em termos de compositores da música brasileira", afirmou o violoncelista à agência Lusa.

Referindo-se aos arranjos musicais das diferentes canções, disse que "são muito simples, pois, com três instrumentos apenas, a gente busca sempre o essencial. São arranjos que respeitam muito o formato do jazz, em que o tema é apresentado, os músicos tecem comentários a respeito do tema -- [processo] que noutras palavras se chama improviso -, e depois voltamos ao tema para encerrar. Praticamente todas as canções levam esse tratamento", explicou.

Do alinhamento do CD faz parte "Nesse Trem que eu Vou", um tema de sua autoria, que descobriu numa gaveta e que "é um estudo para o próximo álbum do trio".

Jaques Morelenbaum tem colaborado desde os anos 1990 com Ryuichi Sakamoto, com quem gravou, entre outros, o CD "Casa".

Atuou e gravou com Cesária Évora, Madredeus, Rui Veloso, Mariza, Carminho, Gal Costa, Sting, David Byrne, Milton Nascimento, Henri Salvador, Omar Sosa, Bill Frisell, Hubert Laws, Kenny Barron, João Donato, Julieta Venegas e John Scofield, entre tantos outros.

Com Gilberto Gil, encetou, em 2009, o projeto "Concerto de Cordas e Máquinas de Ritmo".

Um dos seus próximos projetos é a produção do novo álbum dos "Danças Ocultas".

NL // MAG

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