Recenseamento eleitoral automático responde a "legítimo anseio" dos emigrantes

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 13 abr (Lusa) -- O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas mostrou-se hoje satisfeito com a aprovação do recenseamento eleitoral automático para os emigrantes, correspondente a um "legítimo anseio" daqueles cidadãos.

"A medida corresponde também a um legítimo anseio dos cidadãos portugueses residentes no exterior e é uma forma de aproximação do País aos Portugueses no estrangeiro", ao remover "um entrave administrativo à sua participação na vida política".

Até agora, os emigrantes portugueses que atinjam os 18 anos não estavam automaticamente recenseados para votar e necessitavam de se deslocar às embaixadas ou consulados para poderem passar a ser eleitores.

Com esta medida, o direito de voto passa a ser automático, abrangendo 1,2 milhões de cidadãos portugueses no estrangeiro, disse hoje à Lusa o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro.

"A inovação legislativa proposta constitui uma importante reforma em matéria de desburocratização administrativa", considerou o governante.

No mesmo comunicado, o secretário de Estado refere que esta evolução no processo eleitoral constitui "uma forma de aproximação do país aos portugueses" emigrados.

A aprovação da proposta de lei que altera o regime do recenseamento eleitoral foi uma das decisões do Conselho de Ministros de hoje, anunciadas em conferência de imprensa pela ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques.

Com a uniformização do recenseamento eleitoral assente na morada inscrita no cartão de cidadão ficam de fora apenas os ainda portadores de bilhete de identidade, cuja inscrição se mantém voluntária.

O executivo quer assim "contrariar a elevada taxa de abstenção registada entre os eleitores residentes no estrangeiro", que são na maioria portadores de cartão de cidadão, mas não se encontram inscritos no recenseamento eleitoral.

A par desta proposta de lei a apresentar ao Parlamento, o Conselho de Ministros aprovou também o Voto em Mobilidade, que permite aos cidadãos votarem para a Assembleia da República e para o Presidente da República fora da área de residência e aos deficientes visuais votarem sozinhos e de forma pessoal, com recurso ao Braille.

CZS/PJA (JF) // PJA

Lusa/fim

+ notícias: Política

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".

Austeridade: programa de rescisões poderá conter medida inconstitucional - jurista

Redação, 06 mai (Lusa) - O especialista em direito laboral Tiago Cortes disse hoje à Lusa que a constitucionalidade da medida que prevê a proibição do trabalhador do Estado que rescinde por mútuo acordo voltar a trabalhar na função Pública poderá estar em causa.