Governo aprova resolução para viabilizar unidade de manutenção de aviões em Beja

| Política
Porto Canal com Lusa

Beja, 13 abr (Lusa) - O Governo aprovou hoje uma resolução que vai permitir viabilizar o projeto da empresa portuguesa Aeroneo de construção de uma unidade de manutenção e desmantelamento de aviões no aeroporto de Beja, disse à agência Lusa fonte governamental.

Segundo a fonte, a resolução, aprovada na reunião de hoje do Conselho de Ministros, desafeta do domínio público militar, por 15 anos, um terreno da área do aeroporto de Beja para construção da unidade e reconhece o interesse público do projeto da Aeroneo.

A desafetação vai vigorar durante 15 anos, o período de duração do contrato com a Aeroneo, e o reconhecimento do interesse público do projeto permitirá arrendar o terreno à empresa, explicou a mesma fonte. A AeroNeo quer investir oito milhões de euros numa unidade de manutenção e desmantelamento de aviões e valorização de ativos aeronáuticos no aeroporto de Beja, que poderá criar até cerca de 100 postos de trabalho.

Em julho de 2015, a empresa ANA - Aeroportos de Portugal, a concessionária do aeroporto, e a Aeroneo assinaram uma licença de ocupação para construção e exploração da unidade na infraestrutura aeronáutica alentejana.

Em informações prestadas hoje à Lusa, a ANA refere que "todos os licenciamentos relativos ao projeto de construção" da unidade estão "concluídos" e "apenas aguarda a notificação" da Aeroneo para o início dos trabalhos, mostrando-se "confiante" de que "tal irá ocorrer a breve prazo".

De acordo com a ANA, atualmente, o aeroporto "funciona fundamentalmente como plataforma giratória entre operações para alguns operadores aéreos" e, neste contexto, o estacionamento e a manutenção de linha de aviões "assumem um papel de algum relevo".

No segmento de negócio de estacionamento e manutenção de linha de aviões, o aeroporto de Beja já é a base de operações de parte da frota de aeronaves das companhias aéreas Hi Fly e euroAtlantic airways, refere a ANA.

Segundo informações prestadas à Lusa pela administração da Hi Fly, a companhia tem, desde janeiro de 2016, uma estação temporária no aeroporto de Beja, à qual tem vindo a alocar cerca de quatro a cinco aviões, que são mantidos em regime de prontidão para responder aos pedidos das companhias aéreas suas clientes.

A Hi Fly está em negociações com "outros três aeroportos alternativos em Espanha e França" e vai "decidir até ao verão se irá manter ou não" a estação no aeroporto de Beja, refere a administração.

Se a estação se mantiver será convertida em definitiva e a MESA Maintenance & Engineering, empresa do mesmo grupo, deverá construir uma unidade de manutenção de aviões no aeroporto de Beja para "suporte à operação" da Hi Fly, num investimento de cerca de 30 milhões de euros.

De acordo com a administração, caso a estação da Hi Fly se torne definitiva e a unidade de manutenção da MESA seja instalada no aeroporto de Beja, o número de colaboradores do grupo que detém as duas empresas subirá dos atuais cerca de 30 para cerca de 200 na região.

O aeroporto de Beja, que custou 33 milhões de euros e resulta do aproveitamento civil da Base Aérea n.º 11, começou a operar a 13 de abril de 2011, faz hoje seis anos, quando se realizou o voo inaugural, mas, desde então, apesar de aberto, tem estado praticamente vazio e sem voos e passageiros na maioria dos dias.

LL // MLM

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