Companhia teatral lisboeta reabilita edifício no Porto

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Porto Canal / Agências

Porto, 28 nov (Lusa) - A companhia teatral lisboeta "Mala Voadora", que completa uma década de existência, vai ter, a partir de sábado, o seu primeiro espaço físico, num edifício industrial recuperado no Porto, na rua do Almada.

"A 'Mala Voadora', apesar de ser de Lisboa, vai passar a ter uma frente de trabalho, que não teve até agora. Pretendemos passar uns períodos de residência para trabalharmos alguns projetos e começarmos a apresentá-los no Porto com maior regularidade", explicou um dos diretores artísticos da companhia, José Capela, à agência Lusa.

O diretor artístico que é também o arquiteto responsável pelo projeto de remodelação, contou que o edifício, "que estava devoluto desde os anos 80", "era um antigo armazém de ferro", justificação que deu para as letras colocadas na fachada.

"Quando vim para cá encontrei as letras do nome da empresa, que ainda existe, achei-as bonitas e tive vontade de as reutilizar. As que estavam em boas condições e as restauráveis foram colocadas por ordem alfabética", contou José Capela que viu, em 2006, a potencialidade do edifício se tornar num "espaço de produção cultural".

Para José Capela, o espaço vai possibilitar a apresentação de espetáculos no Porto a "outras companhias de Lisboa", vai estar "aberto às estruturas da cidade" e também receber " uma rede de colaborações internacionais para a apresentação de espetáculos e para residências artísticas".

O imóvel do final dos anos 30 do século XX e projetado por Júlio Brito - arquiteto e engenheiro responsável pelo Rivoli Teatro Municipal -, dispõe de um edifício principal, dotado de um espaço "de acolhimento" e de dois estúdios para residências artísticas.

No edifício anexo, nas traseiras, foi construída uma "Black Box", "vocacionada para a apresentação de espetáculos" e uma "Blue Box", com potencialidades "para serem desenvolvidas atividades ao ar livre".

Vânia Rodrigues, responsável pela gestão e programação cultural da companhia - que soma 27 peças - acrescentou que as funcionalidades do espaço "estão em aberto" para "não limitar" as atividades que ali podem ser desenvolvidas.

Para a membro da Mala Voadora, "o espaço tem de conseguir criar o seu próprio modelo de sustentabilidade, dentro das múltiplas funcionalidades que oferece", podendo vir a "ser a casa de muita gente" e, até, "retro alimentar a própria criação artística da companhia".

Na inauguração do Espaço Mala Voadora, vão ser apresentados, entre outros, as peças "Título e Escritura" e "Paraíso 1" e duas publicações - um livro que reúne três peças de "Chris Thorpe" para a companhia e um catálogo de cenografias de José Capela.

MZB/DP // JGJ

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