Ministério da Cultura quer integrar nos quadros 113 trabalhadores de museus e monumentos
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 07 abr (Lusa) - O Ministério da Cultura (MC) quer integrar 113 trabalhadores, de museus e monumentos, nos quadros da Administração Pública através de concurso, mas aguarda autorização da tutela das Finanças, disse à agência Lusa fonte do gabinete do ministro da Cultura.
A mesma fonte explicou que a integração daqueles 113 trabalhadores com contrato a termo incerto já estava prevista antes da marcação da greve nacional - anunciada para o período da Páscoa -, mas terá de acontecer através de um concurso e segue a tramitação legal entre tutelas. "Ou seja, o processo está nas Finanças e aguarda luz verde", disse.
Na semana passada, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas anunciou a convocação de uma greve nacional dos trabalhadores dos museus, monumentos e sítios para os dias 14 e 15 de abril.
Apesar da garantia de abertura de concursos para integração nos quadros, o sindicalista Artur Sequeira, da federação, disse hoje à agência Lusa que a greve se mantém, porque há outras reivindicações para aqueles trabalhadores.
"Todos os monumentos, museus e sítios precisam de pessoas. Não basta integrar aquelas cem pessoas. É preciso recrutar novos trabalhadores. E exigimos uma medida excecional, porque, se for por concurso, aqueles trabalhadores arriscam-se a ver a vaga ocupada por outra pessoa", disse Artur Sequeira.
No total, a federação fala em pelo menos 165 trabalhadores, dos quais 57 estão em regime de Contrato Emprego-Inserção - que estão a cumprir horários e funções nos monumentos, museus e sítios como se pertencessem aos quadros, mas sem terem um vínculo certo.
O Ministério da Cultura referiu que ainda não recebeu qualquer pré-aviso de greve.
Aquela federação sindical anunciou na semana passada, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, uma greve nacional a exigir o reforço dos recursos humanos e a valorização das carreiras no setor.
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