Manifestantes concentram-se no Porto em defesa do Serviço Nacional de Saúde

| Norte
Porto Canal / Agências

Porto, 26 nov (Lusa) -- Cerca de meia centena de pessoas concentraram-se hoje à porta das instalações da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), no Porto, numa ação em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Esta ação reuniu profissionais de saúde mas também reformados e professores, porque tinha também como objetivo protestar contra o Orçamento do Estado para 2014, documento que "prevê a continuação desta política de desastre para Portugal" e que "põe em causa uma das mais belas conquistas do 25 de Abril, que é o SNS", afirmou, em declarações à Lusa, João Torres, coordenador da União dos Sindicatos do Porto da CGTP.

Com cartazes onde se lia "Eutanásia para S. Bento e Belém" e "À Troika e ao Guião os enfermeiros dizem não!", os manifestantes gritavam palavras de ordem como "está na hora, está na hora de o Governo ir embora".

Segundo João Torres, o OE2014 "ainda vai mais longe, retirando verbas a um serviço que é fundamental para os portugueses".

"Com esta política de retrocesso social, designadamente em torno da proteção na saúde, este Governo está a matar os portugueses antecipadamente", sublinhou, exigindo a demissão do Governo e a realização de eleições legislativas antecipadas.

O coordenador garantiu que a contestação é para continuar, porque "só através da luta é possível levar a bom porto este desígnio, que é o do bem-estar dos portugueses, de uma mais justa distribuição da riqueza".

"Estas soluções sociais do Estado, como o SNS, são uma componente indispensável para a felicidade dos portugueses e não podemos abdicar dela", concluiu.

Paulo, assistente do Centro Hospitalar de Gaia/Espinho, esteve presente na manifestação por considerar que "a saúde é um direito, sem ela nada feito".

No seu entender, "a saúde não é um privilégio" e a qualidade do serviço prestado nas unidades de saúde públicas "diminuiu muito" nos últimos tempos.

"Lidamos com essas situações e apercebemo-nos disso, há muita gente que não vai à urgência porque não tem dinheiro" para o fazer, e "isto não pode ser" assim, frisou.

Adélia, de 70 anos, referiu à Lusa estar "contra a política do Governo, ofensiva, feroz, que pretende acabar com o SNS".

"Para mim, é um genocídio, principalmente para os reformados, porque não há dinheiro para pagar", acrescentou, defendendo "o SNS que existia, quer era um dos melhores do mundo".

Os manifestantes colocaram ainda no muro da ARS-N uma faixa com a inscrição: "Para que mais ninguém morra por falta de cuidados de saúde -- Governo PSD/CDS Rua".

JAP/ASYS // JGJ

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