Carlos Silva desafia empregadores a aceitarem sindicatos como parceiros

| Economia
Porto Canal com Lusa

Porto, 25 mar (Lusa) - O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, desafiou hoje os empregadores privados a encararem os sindicatos como parceiros e não como inimigos e desafiou o Estado a negociar com os representantes sindicais dos funcionários públicos.

Na intervenção que fez na abertura do XIII congresso da UGT, no Porto, Carlos Silva dirigiu uma saudação aos representantes das confederações patronais presentes e lançou-lhes o desafio de dinamizarem nas respetivas associações "o espírito construtivo de olharem para os sindicatos como verdadeiros parceiros".

O representante declarou que os sindicatos "desejam o respeito e a defesa dos direitos dos trabalhadores", mas não desejam a destruição ou a desvalorização das empresas.

"Os sindicatos da UGT não são vossos inimigos ou até mesmo adversários. Não barrem a entrada aos sindicatos que vierem por bem. Não proíbam os sindicatos da UGT de visitar os trabalhadores dentro das vossas empresas", disse.

Carlos Silva considerou que "quanto maior for a harmonia" entre os sindicatos e os empregadores, "mais garantida estará a paz social e a estabilidade no seio da empresa".

Dirigiu-se também ao Governo, "o maior empregador do país", exortando-o a cumprir "a regra da negociação com consequências", reclamada pelos sindicatos.

"Os trabalhadores da Administração Pública e do sector público empresarial não fizeram mal a ninguém. São iguais aos outros do sector privado. Sofreram e foram humilhados nos últimos anos, como se fossem culpados da crise que se abateu sobre o nosso país e sobre eles em particular", disse.

O líder da UGT aproveitou a presença do ministro do Trabalho, Vieira da Silva, na sessão de abertura do congresso, para defender o cumprimento do último acordo de concertação social.

"Senhor ministro, vamos aplicar o que assinámos no acordo de concertação social este ano -- desbloquear a negociação coletiva na administração pública, valorizar os seus trabalhadores, desbloquear carreiras, progressões e salários. É um imperativo ético e da mais elementar justiça", disse.

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