Norte-americanos insatisfeitos com cortes orçamentais, muro e relação com Rússia

Norte-americanos insatisfeitos com cortes orçamentais, muro e relação com Rússia
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Porto Canal com Lusa

A maioria dos norte-americanos não aprova as iniciativas do seu Presidente, Donald Trump, como os cortes orçamentais, a construção do muro na fronteira e as relações com a Rússia, segundo uma sondagem divulgada esta sexta-feira.

De acordo com o estudo realizado pela Universidade de Quinnipiac (Connecticut), 64% considera que o muro na fronteira com o México é uma "má ideia", enquanto 35% apoia a sua construção, número que sobe até aos 74% entre os republicanos.

A sondagem também revela que 55% se opõe ao veto de Trump à entrada de cidadãos de vários países de maioria muçulmana e 61% rejeita a proibição de entrada de refugiados. A decisão judicial de bloquear os vetos migratórios do Presidente é apoiada por 58%.

Sobre a Rússia, 63% considera-se "muito" ou "um pouco preocupado" com o rumo das relações com o Kremlin, e 59% desaprova-as, ainda que Trump tenha o apoio de 61% dos republicanos neste campo.

A alegada ingerência russa nas eleições para a Casa Branca é vista como "muito ou um pouco importante" por 65% dos inquiridos, e 66% apoia uma investigação independente para esclarecer os alegados vínculos da campanha de Trump com o Kremlin.

A maioria dos norte-americanos inquiridos opõe-se também aos cortes orçamentais propostos pelo Governo de Trump.

Em particular, 87% rejeita cortes na investigação médica, 70% opõe-se a cortes nos meios de comunicação públicos, enquanto 83% é contra a redução do orçamento para atividades extraescolares e acampamentos de verão.

O corte ao apoio energético para pessoas com baixos rendimentos é rejeitado por 79% dos inquiridos, 67% é contra cortes na investigação científica para combater as alterações climáticas e 66% desaprova cortes na cultura.

No entanto, 58% considera uma "boa ideia" aumentar o orçamento militar e 85% apoia um aumento das ajudas médicas para ex-combatentes.

A sondagem foi realizada entre 16 e 21 de março, a 1.056 eleitores registados de todo o país e tem uma margem de erro de 3%.

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