Escultura de arcanjo derrubada por turista regressa ao Museu de Arte Antiga em maio

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 24 mar (Lusa) - A escultura do Arcanjo São Miguel, derrubada por um visitante no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, em novembro do ano passado, vai voltar a ser exibida ao público a 20 de maio, revelou hoje fonte da instituição.

Contactada pela agência Lusa sobre a escultura, fonte do gabinete de comunicação do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) indicou que, "após a realização de exames técnicos, a escultura começou na quinta-feira a ser restaurada por especialistas do museu".

De acordo com a mesma fonte, os exames técnicos foram realizados no Laboratório José de Figueiredo, e "o diagnóstico técnico mostra que os danos causados pela queda foram limitados".

Após o restauro da escultura, a peça do século XVIII será de novo mostrada ao público na noite de 20 de maio, Noite dos Museus, "numa grande festa que está já a ser preparada", acrescentou a mesma fonte do MNAA.

Em novembro do ano passado, um turista que visitava a exposição do MNAA, ao recuar para tirar uma fotografia, derrubou, acidentalmente, a escultura do Arcanjo São Miguel, que sofreu fraturas e perdas da camada policromada.

A obra foi depois enviada para o Laboratório José de Figueiredo para avaliação dos danos, e está agora a ser reparada no museu por uma equipa multidisciplinar.

Em novembro do ano passado, o Ministério da Cultura emitiu um comunicado indicando que a Direção-Geral do Património Cultural iria avaliar em detalhe os danos, e a necessidade de alterar a musealização da nova exposição permanente do MNAA, inaugurada no verão, de forma a prevenir novos acidentes.

O ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, chegou a ser questionado, no parlamento, sobre o acidente, e a eventualidade de ter tido na origem a falta de vigilantes no museu.

Na altura, o ministro sustentou que o acidente "não resultou da falta de vigilância, porque havia um vigilante perto que até avisou o visitante".

"Mas só um super-homem seria suficientemente rápido para salvar a peça", ironizou, na altura, o ministro, acrescentando que, "mesmo que existisse um sistema eletrónico de segurança, o facto de disparar não evitaria" a queda da obra do século XVIII.

Contactado pela Lusa, na altura, o diretor do museu, António Filipe Pimentel, disse que "a obra estava estável, fixada como deve ser, com um perímetro de segurança e proteção, que funcionou ao contrário do que devia, devido à aproximação" diferente do próprio turista.

"É aquilo que todos os diretores de museus mais temem e detestam. Mas acontece", acrescentou, sobre o acidente, que levou o Ministério da Cultura a anunciar uma avaliação.

Garantiu que a exposição permanente iria continuar aberta ao público, na sequência da retirada da peça: "Agora temos de nos concentrar na etapa seguinte, após a avaliação dos estragos, e iniciar o processo de restauro da escultura para que ela volte à fruição pública o mais rápido possível", apontou.

Pouco tempo depois, a tutela anunciou a abertura de concursos para o preenchimento de vagas de vigilantes em museus, entre eles o MNAA, com o reforço de mais três funcionários.

Após seis meses de obras, o terceiro piso do museu - dedicado à pintura e escultura portuguesas - reabriu no ano passado com um novo percurso da exposição permanente, com 243 obras, na maioria pintura (152 peças), e um terço de escultura (91 peças) de autores portugueses, do século XIV ao XIX.

AG // MAG

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