Sobe para 70 número de membros do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas
Porto Canal com Lusa
Pequim, 23 mar (Lusa) -- O Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), primeira instituição financeira internacional proposta pela China, anunciou hoje ter elevado para 70 o número de membros, após ter aprovado a entrada de mais 13 países e territórios, incluindo Timor-Leste.
"O interesse de todas as partes do mundo em aderir ao BAII demonstra o rápido progresso que temos feito para posicionar o banco como uma instituição internacional", afirmou hoje o presidente da instituição financeira, Jin Liqun, citado num comunicado.
Cinco dos 13 novos membros do BAII, do qual Portugal é membro fundador, fazem parte da região: Afeganistão, Arménia, Fiji, Hong Kong e Timor-Leste. Os restantes oito são Bélgica, Canadá, Etiópia, Hungria, Irlanda, Peru, Sudão e Venezuela.
"Estou muito orgulhoso que o BAII conte com membros de quase todos os continentes", sublinhou.
Os 13 novos inscritos vão tornar-se oficialmente parte do BAII quando fizerem a sua primeira injeção de capital, apesar de a data e o montante exato não terem sido revelados pela entidade.
O BAII, que vê o universo de membros expandir-se pela primeira vez desde a sua criação oficial em dezembro de 2015, espera aprovar novas adesões ao longo deste ano.
Primeiro banco internacional de desenvolvimento proposto pela China, o BAII tem o Estado chinês como o seu maior acionista, com aproximadamente 30% dos 100.000 milhões de dólares estipulados como capital base daquela instituição.
Portugal também integra o BAII desde o acordo constitutivo firmado em junho de 2015.
Em setembro do ano passado, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ratificou a Resolução da Assembleia da República que aprova o 'Acordo Constitutivo' do BAII, e a participação de Portugal em cerca de 13 milhões de dólares (11,6 milhões de euros) no banco.
O BAII foi interpretado, aquando do seu estabelecimento, como um projeto da segunda economia mundial para reduzir a influência na Ásia por parte do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, duas instituições sediadas nos Estados Unidos e habitualmente lideradas por norte-americanos e europeus, bem como do BAD, controlado pelo Japão.
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