Taxa de mortalidade em pessoas com autismo aumentou 700% nos EUA

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Porto Canal com Lusa

Washington, 21 mar (Lusa) -- A taxa de mortalidade em pessoas com autismo aumentou 700% nos últimos 16 anos nos Estados Unidos, refere um estudo da faculdade de Saúde Pública da Universidade de Columbia, publicado hoje no "American Journal of Public Health".

Os autistas morrem três vezes mais por lesões acidentais ou intencionais do que o resto da população, segundo o estudo feito com base numa análise de atestados de óbito de 32 milhões de pessoas do registo nacional entre 1999 e 2014.

Os investigadores identificaram 1.367 pessoas (1.043 homens e 324 mulheres) com autismo.

A média de idade no momento da morte foi de 36 anos, muito mais jovens do que o resto da população em geral, referem os autores.

Entre as pessoas com autismo, 28% morreram de ferimentos, geralmente por asfixia ou afogamento.

"Embora estudos anteriores demonstrem uma taxa de mortalidade significativamente maior entre todas as pessoas com autismo, o estudo atual destaca a elevada taxa de mortes acidentais que tinham sido subestimadas naquele grupo populacional", disse Guohua Li, professor de epidemiologia da Universidade de Columbia e principal autor do estudo.

Segundo o investigador, apesar do acentuado aumento anual de mortes, o autismo como fator que contribui para a mortalidade é provavelmente subestimado, porque as informações sobre as causas de morte nos certificados são frequentemente incompletas ou imprecisas.

O autismo é quatro vezes mais comum em menino do que em meninas. O distúrbio também é mais comum entre as crianças brancas e naqueles cujos pais têm níveis elevados de educação.

"O estudo mostra que as crianças autistas sofrem 160 vezes mais risco de afogamento do que o resto das crianças", afirmou o investigador, enfatizando a importância de aprenderem a nadar cedo.

Os autistas são atraídos pela água.

"Assim que as crianças são diagnosticadas com autismo, geralmente entre os dois e os três anos, os pediatras e os pais devem inscrevê-las em aulas de natação antes de qualquer outra terapia, porque ser capaz de nadar é essencial para a sobrevivência de um autista", disse.

MSE // JPF

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